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Torcida comemora vice como se fosse campeã
Por Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
19/01/2001 | 00:40
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O segundo lugar do São Caetano na Copa João Havelange possivelmente foi o vice-campeonato mais comemorado da história do futebol. Embalados pelo chope distribuído pela diretoria do clube e pelo trio elétrico, posicionado no cruzamento da rua Manoel Coelho com a avenida Goiás, os torcedores nem ligaram para a vitória vascaína por 3 a 1 e fizeram a festa na principal avenida de São Caetano.

As camisas – em sua maioria piratas e com o número 18 (o mesmo do artilheiro Adhemar) nas costas – do Azulão ganharam a companhia de alguns acessórios, no mínimo estranhos, como complemento cartolas, capacetes com pontas de chifres e imensas bandeiras.

Tristeza era palavra proibida. “Foi injusta a vitória vascaína. Se tivesse continuado o segundo jogo (em São Januário) teríamos vencido”, garantiu o ator Rogério Scanone, 32 anos, que é “sobrinho por consideração” do atacante Zinho. “O irmão dele é casado com a irmã da minha mãe”, explica o ator, que usava uma camisa dada por Zinho e um capacete com um par de chifres.

O técnico em telefonia Clodovel Soares, 41 anos, que levou para a Goiás seu Corsa pintado com as cores do Azulão, garantia que a vitória do Vasco “não tira a posição de legítimo campeão do São Caetano”.

A mesma opinião tinha o estagiário de Administração de Empresas, Kléber José Agostinho de Souza. “Para mim, o São Caetano foi campeão no outro jogo. A lei estava do nosso lado”.




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