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Montorinho quer discutir pedágio no Rodoanel; Kiko diz que é ‘oportunismo’
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
02/10/2007 | 09:26
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Nem bem foi batido o martelo sobre a questão do pedagiamento do Trecho Sul do Rodoanel – que deverá estar pronto em 2010 –, e o tema já tem sido motivo de discussão entre os políticos da região.

O presidente da Câmara da Santo André, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), pretende encaminhar hoje ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC um ofício, solicitando informações do governo do Estado sobre a construção das praças de pedágio nos 61,4 quilômetros da obra, que ligará a região ao Trecho Oeste.

Mas a iniciativa não é bem vista pelo presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB). Ontem, ele chamou a proposta de Montorinho de ‘oportunista’. “Não há definição ainda sobre isso. O que ele está querendo é platéia. Essa atitudade é oportunista.”

O petista rebateu as críticas. “O Kiko e o Consórcio estão sendo omissos sobre esta questão. Ele não tem interesse em divulgar os dados sobre os pedágios porque ele é da base de sustentação do governo estadual.” Ele ainda fala: “Qual foi a audiência pública que o Consórcio fez no que diz respeito ao Rodoanel, prinicipalmente na questão dos pedágios? Como ninguém tem informação sobre o Trecho Sul, estamos tentando ter acesso a esses dados. Isso não pode ser tratado como oportunismo.”

Montorinho admite, no entanto, que ainda não tem certeza sobre o número de praças nem o valor do pedágio. Mesmo assim, diz que haverá cobrança na região: “Mauá brigou por praça de pedágio, por conta do ISS (Imposto sobre Serviço) que viria para o município. Isso é um absurdo.”

Kiko diz que ainda é cedo para se posicionar. “É claro que poderemos pedir informações na Secretaria de Estado sobre o pedágio, mas ainda é prematuro.” O prefeito, no entanto, deu uma pista sobre sua opinião. “Se for necessário o pedágio e o valor for justo, não tem o que questionar. Se algum vereador for contra neste momento, vou rechaçar na hora.”

Dos R$ 3,6 bilhões da obra, R$ 1,2 bilhão será liberado pela União, em quatro parcelas de R$ 300 milhões.



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