Os odômetros dos ônibus das equipes do Grande ABC vão marcar quilometragens bastante diferentes durante a disputa da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A-2, a partir da semana que vem. Santo André e São Caetano realizarão nove jogos cada como visitantes no torneio, mas o Ramalhão terá menos deslocamento que o rival, com 2.458 quilômetros entre idas e vindas para Capital e Interior, contra 5.016 do Azulão. Ou seja, mais do que o dobro. A definição da tabela é feita pelo departamento de competições da Federação Paulista de Futebol.

Dos adversários que ficam sediados nas cidades acima de 350 quilômetros de distância, o São Caetano enfrentará cinco: Batatais (367), Votuporanga (536), Penápolis (495), Mirassol (470) e Monte Azul (427).

“Qualquer viagem mais longa é preocupante, desgastante, o atleta tem tempo menor de recuperação e treino, então teoricamente prejudica um pouco mais. Mas estamos procurando nos preparar física e psicologicamente neste aspecto. Nos clubes onde passo, assim que é divulgada a tabela, trabalhamos em cima dela. Se é assim, temos de assimilar”, afirmou o técnico do São Caetano, Luís Carlos Martins, que também citou a passagem por cidades que têm por característica serem muito quentes, como Mirassol, Votuporanga e Penápolis. “Mas não adianta ficar reclamando, porque isso piora. Tem de encontrar a solução.”

Já o vizinho enfrentará apenas o Batatais no Interior, enquanto os outros quatro adversários acima receberá no Estádio Bruno Daniel. Além disso, o Ramalhão terá duas idas até a Capital e uma a São Caetano, o que, na somatória, totaliza 96 quilômetros de ida e volta.

“Quanto menos viajar, melhor, porque num campeonato extremamente disputado, de 19 rodadas, tem desgaste de praticamente dois jogos por semana, então faz diferença. Acredito que longas viagens interferem mais na recuperação. Tudo o que pudermos colocar à disposição dos atletas com relação ao (minimizar) desgaste, como alimentação e descanso, é positivo”, afirmou o diretor de futebol andreense, Carlito Arini.