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Gestão Lauro avisa que não vai honrar reajuste

Secretário de Finanças de Diadema alega queda na arrecadação para pular quitação de 1,39%

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
16/10/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Prefeitura de Diadema, chefiada por Lauro Michels (PV), não vai aplicar o reajuste de 1,39% na folha salarial de novembro dos 7.500 servidores, fracassando novamente em item do acordo que foi estipulado em abril para findar greve de 13 dias da categoria.

A confirmação foi do secretário de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB), que atribuiu desacordo à queda na arrecadação de impostos. “Setembro foi péssimo para os cofres do município. Não tem condição de conseguir adicionar esse reajuste. Todas as nossas receitas não apresentaram qualquer evolução”, argumentou o tucano.

O percentual refere-se à quantia de 4,42% que seria acrescida no pagamento do funcionalismo. Essa cota foi dividida em três fatias iguais (julho, novembro e dezembro), porém, estava condicionada à melhora na arrecadação do município. Em julho, o governo Lauro também não honrou acréscimo, o que gerou muita contestação do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos). Houve ameaça de nova paralisação nos serviços. O ato, no entanto, não se concretizou.

Dentro do acordo que encerrou a greve, o governo Lauro conseguiu efetuar os acréscimos de 1% em abril e outro 1% do mês passado. Há a previsão de mais 1,47% para ser adicionado em dezembro.

“Esses percentuais estão mais do que garantidos. Assim como o pagamento do 13º salário. Estamos trabalhando com o pé no chão e buscando cumprir com todos os nossos compromissos, mesmo seguindo em queda livre na arrecadação. Agora, os demais (reajustes) só poderão ser repassados se houver melhora na entrada de dinheiro”, assegurou Chico Rocha.

O titular do governo, também sogro de Lauro, atribuiu o recuo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) como um dos mais significativos da administração diademense. Segundo ele, o município arrecadou em agosto R$ 199 milhões com o imposto, repetindo o valor do mês no ano passado. “Essa é uma conta que mostra o quanto fomos prejudicados. Porque empatamos no recolhimento desta receita, mas precisamos colocar nessa conta pelo menos 8% de inflação. Nossa meta visava conseguir em torno de R$ 215 milhões”, disse.

Ainda respaldados em números, Chico Rocha garantiu que vislumbra o fechamento das contas deste ano com deficit orçamentário aproximado em R$ 57 milhões. “Estamos procurando conter o máximo de gastos, mas existe muita despesa fixa e que aumentou. A cobrança de iluminação dobrou e nós temos que pagar”, acrescentou.

O presidente do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), José Aparecido da Silva, o Neno, não retornou aos contatos da equipe do Diário. 




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