A Prefeitura de Mauá abriu licitação para contratar serviço de assessoria técnica na gestão da Pasta de Mobilidade Urbana. O objetivo do prefeito Donisete Braga (PT) é buscar estudos para poder interligar a estrutura viária existente às futuras obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade que serão erguidas no município. O contrato irá valer por dois anos e meio, terá valor em torno de R$ 3 milhões e amplia a participação da iniciativa privada na administração petista.

Os principais investimentos na Mobilidade Urbana têm estimativa de repasse de R$ 79,5 milhões da União para construção de três terminais – Itapark, Itapeva e Zaíra –, além de corredor de ônibus na Avenida Itapark. Além disso, o governo pretende construir outros três terminais e reconstruir as estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) Central e do Guapituba, além de erguer outra no Centro.
Segundo Donisete, a assessoria vai servir para projetar obras complementares a estes investimentos.
“São modais diferentes, que vão precisar se integrar à cidade”, disse o petista, que destacou a construção de calçadas adequadas. A interligação do fluxo de pedestres com veículos privados, coletivos serão discutidos.

“Temos um sistema viário completamente comprometido. Tínhamos 92 mil placas de Mauá há dez anos e hoje são 250 mil, sem contar os de fora. Essa consultoria vai ter caráter técnico para aperfeiçoarmos a Mobilidade na cidade. Esse contrato será importante para pensarmos em alternativas. Não temos mais espaço para estruturar novas vias”, explicou o chefe do Executivo.

O perfil do governo Donisete Braga tem apostado em buscar investimentos no mercado com os modelos de PPPs (Parcerias Público-Privadas). A gestão da Saúde foi fechada nesse modelo com a FUABC (Fundação do ABC), há licitação para que a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), responsável pela distribuição de água, passe a ser gerida pela iniciativa privada. A coleta e destinação do lixo, iluminação pública, gestão da sede do Executivo também serão administrados em conjunto com o setor empresarial.

“A arrecadação está caindo e Mauá já vinha sofrendo muitos problemas financeiros que afetam todos os setores (da administração). Tenho que ter um olhar para as próximas gerações e entender meus limites financeiros. Não posso ficar choramingando. Quero modelos de alternativas que possam amenizar e melhorar serviços públicos. Quem é beneficiado nessa equação é o cidadão”, defendeu Donisete.