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Mecânicos tentam consertar aviao seqüestrado
Do Diário do Grande ABC
28/12/1999 | 15:27
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Mecânicos tentam consertar os motores que fazem circular o ar e regulam as temperaturas do Airbus A300 da Indian Airlines, em poder de seqüestradores desde sexta-feira e, no momento, estacionado em uma pista no Afeganistao, enquanto as autoridades indianas negociam com os terroristas.

As negociaçoes começaram depois que os seqüestradores ameaçaram matar os 160 passageiros e 11 tripulantes a bordo. Um dos terroristas, com o rosto coberto, deixou nesta terça-feira o aviao e entrou em um veículo parado sob o bico do Airbus. Fontes oficiais no aeroporto disseram que o encontro foi para iniciar negociaçoes. Mas o ministro das Relaçoes Exteriores do Afeganistao, Wakil Ahmed Muttawakil, disse aos jornalistas que o seqüestrador havia saído apenas como garantia, enquanto um engenheiro indiano entrava no aviao para tentar reparar os motores.

As condiçoes no aviao sao muito incômodas, segundo as autoridades. Muitos dos passageiros sao recém-casados que retornavam da lua-de-mel no Nepal. Os motores do aviao se apagaram nesta terça-feira pela manha, interrompendo as negociaçoes e impedindo as comunicaçoes por rádio entre os seqüestradores e os negociadores, posicionados na torre de controle, que tiveram que usar transmissores portáteis para continuar negociando.

A falha nos motores causou consternaçao porque, sem eletricidade, nao há como o ar na cabine circular. Além disso, se os motores nao funcionam, tampouco haverá calefaçao quando a temperatura cair à noite.

Nao foi esclarecido o porquê dos motores terem apagado, mas os engenheiros disseram que é algo normal, já que estavam ligados desde sábado pela manha, quando o aviao aterrissou em Kandaar.

Erick de Mul contou que os passageiros ficaram sem comer pelo menos 26 horas, mas depois receberam frutas e lentilhas cozidas. Os soldados do Taliba, a milícia que governa no Afeganistao, dizem que o cheiro na cabine é rançoso.

O ministro das Relaçoes Exteriores da India, Jaswant Singh, disse nesta terça-feira que os engenheiros indianos puderam falar com alguns dos reféns quando tiveram permissao para se aproximar do aviao. Eles relataram que as condiçoes a bordo haviam melhorado um pouco. Segundo os engenheiros, as portas traseiras do aviao foram abertas para que o ar circulasse.




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