O mercado financeiro manteve-se na defensiva diante do risco de recessão nos EUA, o que aumenta as expectativas com a divulgação dos balanços das empresas, cuja temporada começa nesta quinta-feira com os resultados da Alcoa, que saem após o fechamento em Nova York.

A agenda externa de hoje também impôs cautela. Além das decisões de política monetária do Banco da Inglaterra e do BCE, o presidente do Fed, Ben Bernanke, falará sobre mercado, economia e política monetária, em Washington.

Os investidores esperam que o chairman do Fed possa dar alguma pista para a direção da política monetária norte-americana.

As Bolsas em Wall Street voltaram a intercalar leves quedas e altas durante o dia de ontem; os juros dos Treasuries subiram no fim da tarde; e o dólar valorizou-se ante o euro e o iene.

A Bovespa novamente descolou-se do vaivém externo, operou em baixa a maior parte do período, mas inverteu sinal e terminou em alta e na pontuação máxima. O volume financeiro superou R$ 6 bilhões e foi o maior registrado este ano.

A recuperação foi induzida pelas ações da Petrobras, que subiram apesar da queda dos preços do petróleo em Nova York. O dólar à vista e os juros futuros avançaram, reagindo às incertezas no ambiente externo.

A dez minutos do final da sessão, tudo mudou na Bovespa. A quarta-feira foi de muita volatilidade, mas sempre em terreno negativo. A recuperação do vigor das ações da Petrobras no finzinho do pregão, ao mesmo tempo em que melhoravam as bolsas em Nova York, no entanto, devolveu o fôlego à Bolsa paulista, garantindo um fechamento em alta.

O Ibovespa fechou na máxima do dia, em elevação de 0,96%, aos 62.673 pontos. Na mínima do dia, atingiu 61.487 pontos (-0,96%). No mês e no ano, a Bovespa acumula perda de 1,9%. O volume financeiro negociado ontem foi o maior do mês e totalizou R$ 6,305 bilhões.

O resultado final do Ibovespa ontem não reflete em nada o que foi o pregão. O tombo desta quarta-feira das bolsas norte-americanas pós-fechamento da Bovespa, a reação das européias ontem e a ausência de notícias e indicadores de peso fizeram com que a praça paulista trabalhasse em queda durante todo o dia.