Economia Titulo Carreiras
Momento é de quem faz contas
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
01/01/2015 | 07:00
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A economia do País em desaceleração gerou muita dificuldade para as empresas em 2014. O reflexo disso foi visto em resultados menores, tanto em relação aos faturamentos quanto aos ganhos. Por isso, a tendência é de expansão da demanda, em 2015, por profissionais que atuem em áreas relacionadas à economia, finanças, contabilidade, administração e controle de qualidade e cumprimento de regras.

 “As companhias deverão procurar muito mais os profissionais que se encaixem nas áreas financeiras e de planejamento”, avaliou o coordenador da Escola Metodista de Educação Corporativa, Rafael Chiuzi.

 O diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, foi além e destacou algumas carreiras que serão tendência em 2015. É o caso da gerência financeira, cujo profissional terá o papel de contribuir para que a empresa diminua os custos e eleve os ganhos, e a controladoria, que em momento de crise é o responsável por alinhar a estratégia de negócios da empresa com a área técnica.

 A demanda maior por profissionais com habilidades em cálculos, estratégia e projeções não será exclusiva de empresas financeiras, como os bancos e corretoras. Fábricas, prestadoras de serviços em diversas áreas, construtoras e consultorias são exemplos do amplo leque de empresas que demandarão os profissionais que contribuirão para que os resultados tenham o mínimo de impacto do cenário econômico em desaceleração.

 Entre os profissionais que serão procurados, destacou Chiuzi, estão aqueles formados em contabilidade. “Serão muito requisitados.” Além disso, os especialistas em contas. “Matemáticos, estatísticos e engenheiros, por exemplo, deverão ser rapidamente absorvidos pelo mercado, principalmente, pelo setor bancário”, pontuou, acrescentando esses técnicos serão direcionados, principalmente, para as áreas de análises, previsões e proteção ao risco.

 Barbosa lembrou que para as empresas encontrarem os profissionais adequados será necessário percorrer um caminho, que será traçado pelo grupo de RH (Recursos Humanos), com tendência de demanda elevada neste ano. “A escassez de profissionais qualificados em diversas áreas de atuação faz com que o profissional de RH que pense de forma mais estratégica se torne primordial, buscando alternativas no mercado de trabalho e opções de qualificações para os contratados.”

 Além disso, disse Barbosa, mesmo sem tanta relevância como há poucos anos, os profissionais de TI (Tecnologia da Informação) serão bastante procurados “devido aos investimentos constantes das empresas com o objetivo de melhorar a produtividade dos funcionários”.

 Chiuzi lembrou ainda que a demanda do mercado de trabalho por profissionais técnicos, que são qualificados especificamente para uma determinada função, continuará em alta. “Temos percebido que há um déficit de carreira técnica. E a tendência é de que esses especialistas sejam muito procurados, principalmente por causa dos constantes investimentos em melhorias da infraestrutura e serviços públicos e particulares do País, como é o caso da medicina, engenharia, inclusive as profissões que exigem cursos técnicos.” 




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