Economia Titulo Agricultura
Miguel Jorge discute aproximação com sauditas
Por Da Abr
05/10/2010 | 07:10
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, discutiu ontem estratégias para aproximar empresários brasileiros e sauditas na área da agricultura. "Há uma preocupação enorme nos países do Oriente Médio com a segurança alimentar porque eles não têm água, terras agricultáveis e precisam de lugares onde se produza e onde possam comprar alimentos com segurança", disse.

O ministro reforçou ainda a possibilidade de investimentos da Arábia Saudita em negócios dos setores de suco de laranja congelado, aviões, produtos derivados do café, máquinas de terraplanagem e ferramentas, entre outros, para aumentar o fluxo de produtos entre os dois países. "No segundo semestre de 2009, o Brasil exportou US$ 1,3 bilhão para a Arábia Saudita e importou US$ 1,5 bilhão", contou após se reunir com delegação de autoridades e empresários da Arábia Saudita, na Capital paulista.

Segundo o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Salim Taufic Schahin, o interesse da Arábia Saudita no Brasil se deve ao baixo risco para investimentos e também à necessidade de garantir segurança alimentar para aquele país.

"O Brasil tem uma grande expertise nessa área e uma grande fronteira agrícola para ser expandida. Temos certeza de que com mais investimento externo na nossa agricultura, poderemos exportar cada vez mais para o mundo e para os países que quiserem investir no Brasil. O interesse da Câmara é unir os esforços dos povos árabes com o Brasil", afirmou Jorge.

Para Schahin, o potencial de crescimento do comércio entre os dois países é muito expressivo e deve fechar o ano em torno dos US$ 20 bilhões. Ele destacou que o Brasil está no foco dos países árabes mesmo com as dificuldades logísticas. "Para eles, o Brasil é um parceiro muito importante principalmente no agrobusiness, porque importam muita comida e necessitam desses produtos."

De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, o encontro é uma conjunção de interesses que pode representar uma grande oportunidade para o Brasil.

"A Arábia Saudita é um país grande em população, em renda e não tem condições de produzir. Ao contrário, está desestimulando a produção agrícola por causa de falta de água. E o Brasil tem uma das maiores disponibilidades de água do mundo, grandes extensões territoriais para agricultura. Falta-lhe o capital para acelerar o investimento, e capital eles têm", destacou.




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