Economia Titulo Craisa
Cesta básica fica R$ 10,51 mais barata
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
16/07/2010 | 07:28
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O consumidor do Grande ABC vai ‘encher' mais o carrinho de compras e pagar menos pelos produtos nesta semana. Afinal, o preço da cesta básica teve queda de 2,94% - o que representa economia de R$ 10,51 no período. Mesmo assim, o feijão, item básico na mesa dos brasileiros, voltou a subir, registrando alta de 4,28%. O pacote de um quilo entre as sete cidades custa, em média, R$ 3,17.

O levantamento, realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), mostra que o valor médio do conjunto de 34 itens passou de R$ 357,22 para R$ 346,71.

Entre os produtos que ficaram mais baratos está o litro do leite. A bebida láctea apresentou recuo no preço de 1,73%, fixando o valor médio em R$ 1,70.

Segundo Luiz Guimarães Santos, técnico agrícola da Craisa, a queda está diretamente ligada à época do ano. Como o pasto fica muito seco, a produção de leite fica, automaticamente, menor. "Nesse caso, o valor acaba subindo. Porém, nesta semana, notamos que o valor da bebida teve queda. A explicação para isso é que o governo anunciou que está importando leite. Por isso, os preços estão se normalizando", explica Guimarães.

O quilo do açúcar também está mais barato nas prateleiras dos hiper e supermercados. O item apontou redução de 13,73% e registrou média de R$ 1,76.

"A oscilação não é decorrente da safra, é uma questão de concorrência entre algumas marcas. Até porque, estamos em época de colheita da cana", enfatiza o técnico.

Os preços dos hortigranjeiros (frutas, verduras e legumes) também registraram queda, de 9,52%. A razão é a baixa procura por esses itens no inverno, o que aumenta a oferta. As carnes bovinas de primeira (coxão mole, corte traseiro) apresentaram redução (5,51%), custando em média R$ 14,74 o quilo.

Para o economista da FSA (Fundação Santo André), Vladimir Camilo, pequenas alterações de uma semana para outra é bastante comum, e nem sempre aponta uma tendência. "A variação constante no valor dos hortifrutis, por exemplo, reflete a sazonalidade do período".

Feijão - O preço do grão, que tem apresentado tendência de alta, deve cair em pouco tempo. É o que prevê o diretor da Bolsa de Cereais de São Paulo, Rui Roberto Russomano.

Segundo ele, a alta no valor do feijão se deve pela falta do produto. "O problema não é com a safra. Como o grão estava muito barato, o produtor não encontrou vantagens para mandar o item para São Paulo e acabou vendendo nas proximidades de onde é produzido. Com isso, faltou o produto nos mercados e o preço se elevou".

Como o item voltou a ficar valorizado, os produtores devem mandar mais sacas para a cidade paulista e os valores devem voltar a cair.

Outro fator importante que deve ser levado em conta é que o feijão é um leguminoso e, por isso, acaba sofrendo influência do clima, refletindo automaticamente no preço.




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