Automóveis Titulo Lançamento
Será que pega?
Por Wagner Oliveira
Enviado a Guarulhos
29/07/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


Não restam dúvidas: o Kia Soul brilha pelo design. Mas até que ponto o desenho vai ajudar a transformar o carro em uma história de sucesso da marca sul-coreana no Brasil ainda não está muito evidente. O visual agressivo atrai, mas também pode afastar na medida em que quebra conceitos rapidamente.

Saber vender a ousadia ao consumidor será o desafio do Soul, intitulado pela Kia como um "carro design" que se propõe a criar uma nova categoria entre os veículos de passeio.

Para fisgar o consumidor logo de cara, o modelo tem um grande atrativo: o preço. A versão de entrada, já bem recheada, custará R$ 51,5 mil. Ainda com transmissão manual, outras duas versões, com diferenciais de acabamento, são disponibilizadas, respectivamente, por R$ 55,9 mil e R$ 59,9 mil.

Com câmbio automático, as versões do Kia são oferecidas por R$ 60,9 mil e R$ 64,9 mil. Como na maioria dos importados, versões finais e intermediárias tendem a ser as mais vendidas. O carro terá cinco anos de garantia ou 100 mil quilômetros rodados.

A campanha, que já está na mídia, apresenta o Soul como "crossover urbano". No evento em que a montadora apresentou à imprensa o veículo, o carro foi até visto por alguns jornalistas como um misto de hatch de cinco portas com SUV de pequenas dimensões, lembrando um jipinho.

O que o Soul faz de forma até surpreendente é misturar linhas retas, na parte traseira, com ângulos numa dianteira alta e imponente. A grande área envidraçada, com desenhos de faróis e lanternas inovadores, compõe um conjunto futurista, que é fruto do investimento da Kia em design - os coreanos roubaram da Audi, Peter Schreyer, executivo que era o responsável pela criação da marca de luxo alemã.

Com 4,10 m de comprimento, entre-eixos alongado de 2.55 m, a silhueta do Soul destaca-se mesmo pelas medidas verticais. A altura total é de 1.61 m. A altura em relação ao solo é de 45 mm, o que proporciona boa posição ao dirigir.

Ainda na linha das novidades, o Kia traz nas versões mais caras uma câmera que produz no retrovisor a imagem de manobras em marcha a ré. O equipamento auxilia o motorista, que não precisa se virar para trás. O interior do Soul é amplo, com espaço de sobra tanto para quem vai à frente quanto atrás. Os mostradores do painel também são grandes, facilitando a leitura.

Num teste pela rodovia Ayrton Senna, em São Paulo, o Soul apresentou uma direção segura, tanto na versão com câmbio manual de cinco velocidades como na automática de quatro. O motor 1.6 a gasolina de 124 cv mostrou produtividade acima do esperado.

A direção da Kia considera que o propulsor satisfará as necessidades do consumidor brasileiro, que tem uma versão de carro diferente da que é vendida nos mercados europeu e americano. Para cá, são enviados os mesmos produtos destinados ao mercado do Oriente Médio e África.

Existe a opção de motor 2.0, que a montadora não descarta importar. Porém, o que está acertado é o desenvolvimento de um motor flex, que deverá equipar o Soul em 2010. Então, os 3.000 consumidores que, nos cálculos da Kia, comprarão o carro neste ano não terão o bicombustível.

Mas a Kia considera que o Soul tem outros atributos que podem atrair o consumidor.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;