Parte do eleitorado do Grande ABC optou no dia 7 de outubro por entregar seu voto a partidos e não a candidatos na escolha dos representantes nas Câmaras municipais. Essa fatia chegou a 8,15%, ou 135.842 dos 1.664.968 votantes que compareceram aos colégios eleitorais.

O voto em legenda fortalece os partidos e aumenta a possibilidade de os mais votados da sigla garantirem cadeira no Legislativo. Como a escolha dos eleitos é feita com base na proporcionalidade, os votos das coligações são somados e calculados com base no quociente eleitoral para definir quantas vagas a agremiação tem direito.

O PT foi o campeão de votos em legenda no Grande ABC. A sigla somou 56.092 sufrágios nas sete cidades, vencendo em Santo André, São Bernardo, Diadema e em Mauá. O partido tem tradição no quesito e partiu embalado com campanhas majoritárias fortes - foram três prefeitos eleitos.

O PTB ficou com a segunda posição, com 13.319 dos votos na legenda. Apesar de não conseguir a reeleição às duas Prefeituras que comanda (São Caetano e Santo Andre), os petebistas conseguiram transferir confiança no voto proporcional.

O PMDB (11.685) figurou na terceira colocação regional e venceu em votos de legenda nas duas cidades em que conquistou a Prefeitura: São Caetano e Ribeirão Pires. Com números aproximados, PPS (10.353) e PSDB (9.568) foram o quarto e quinto colocados no Grande ABC e não venceram em nenhuma cidade.

Esse cenário reflete em parte a força das candidaturas majoritárias. Os petistas tinham grandes chances de conquistar quatro prefeituras, mas perderam em Diadema, onde o prefeito Mário Reali não conseguiu renovar o mandato.

O PTB tinha duas Prefeituras, onde disputou a eleição com duas candidaturas fortes e perdeu. O prefeito de Santo André, Aidan Ravin, e Regina Maura Zetone, de São Caetano, foram os postulantes. O PMDB reproduziu proporcionalmente o voto de legenda nas cidades em que fez os prefeitos.