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Padre benze 150 animais
no dia de São Francisco

Em uma paróquia de São Caetano, até água de aquário foi
abençoada; santo é conhecido por ser o protetor dos bichos

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
05/10/2012 | 07:00
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Vários tipos de animais de estimação foram levados na tarde de ontem à Paróquia São Francisco de Assis, em São Caetano, para serem benzidos. O santo, cujo dia é celebrado em 4 de outubro, é conhecido por ser o protetor dos bichos. Além de benzer os pets tradicionais, como cachorros, gatos e pássaros, o padre Ady Mytial chegou a dar a bênção até para a água de um aquário.

"São Francisco de Assis colocou o evangelho em prática de forma fraterna, ao se relacionar com a criação de Deus. É a contemplação da obra divina", afirma Mytial ao explicar a ligação do santo com o reino animal. Segundo o pároco, cerca de 150 bichos foram abençoados ao longo da tarde. Quando os animais eram agressivos ou ariscos, os proprietários levavam a foto para ser benzida.

A programação na igreja teve início pela manhã, com o Ofício de São Francisco de Assis. Às 19h30, foi celebrada missa solene com dom Nelson Westrupp, bispo da Diocese de Santo André, que abrange as sete cidades da região.

Uma das fiéis que participaram todos os anos das atividades especiais é a dona de casa Elza Lacerda Souza, 56 anos. Ela levou a cadela Nina, uma pinscher de 4 anos, para receber a bênção. A cachorra se recupera de cirurgia de castração, feita na semana passada. "Enquanto ela estava sendo operada, eu rezei de joelhos. O procedimento estava marcado para demorar duas horas, mas foi feito em pouco mais de uma hora. Graças a Deus ela está bem", comemora.

Já o bancário Marcos Francisco de Oliveira, 42, levou pela primeira vez o seu cão - o golden retriver bege Bruce, de 3 anos - à igreja. Oliveira garante que o animal o ajudou a se recuperar de diversas doenças ósseas. "Se não fosse por ele, eu não teria voltado a andar. Vim aqui para agradecer."

A família do estudante Bruno Ribeiro, 14, desenvolveu o hábito de benzer o cão depois que a beagle Belinha, de 4 anos, teve infecção decorrente das fezes de pombos. "Por pouco ela não morreu. Depois da primeira vez que ela foi benzida, nunca mais ficou doente", garante o jovem.




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