A Fundação Casa, ex-Febem, rebateu os dados divulgados ontem pelo Diário do Sintraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo) de que os dois prédios da unidade de São Bernardo possuem apenas quatro agentes (dois em cada) responsáveis pelos 125 internos do local.

Em nota, a instituição informou que são 53 agentes socioeducativos e oito coordenadores atuando nos dois prédios. Segundo a instituição, a média é de oito servidores responsáveis pela segurança por turno, em cada edifício, e não dois, como diz o sindicato que representa os servidores.

Os trabalhadores, no entanto, rebatem as informações. "Se fosse assim, como estávamos em apenas três no sábado à noite?", questiona um deles, referindo-se ao dia em que dois monitores foram agredidos por grupo de internos.

"De fato o número ideal seria esse, mas muitos estão afastados por motivos de saúde", disse Júlio Alves, presidente do Sintraemfa (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança, ao Adolescente e à Família do Estado de São Paulo).

A Fundação garante não medir esforços para resolver os problemas que vem sendo registrados na unidade de São Bernardo. Em virtude do absenteísmo, quando há falta de funcionários, outros são chamados para trabalhar em regime de horas extras para completar o quadro funcional. Além disso, reforçou que. desde ontem, a unidade conta com dois diretores - um para cada prédio.

Sobre a capacitação dos servidores, antes de começarem a trabalhar nos centros socioeducativos, todos passam por três semanas de capacitação na Escola para Formação e Capacitação Profissional da Fundação Casa.