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Urbanização do morro do Macuco,
em Mauá, deve custar R$ 300 mi

Prefeitura pretende contratar, até o fim de 2013, projeto para a
regularização da área; cerca de 26 mil pessoas vivem no local

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
09/07/2012 | 07:00
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Após contratado, o projeto deverá levar em torno de um ano para ser concluído. O petista espera que o material esteja pronto ainda em 2013. "Com esse estudo na mão, estaremos preparados para pleitear com precisão a verba necessária." A área já foi estudada também pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que mapeou os riscos geográficos.

Apesar de ainda não ter os detalhes sobre a urbanização do Macuco, Oswaldo diz já ter iniciado as negociações com os governos do Estado e federal para tentar construir unidades habitacionais. "A urbanização do Macuco irá implicar em remoção de famílias. Por isso já estamos dialogando com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e o Minha Casa, Minha Vida", revela.

O prefeito estima que seja possível construir apartamentos no próprio morro. "Hoje existem tecnologias que dão a possibilidade de construir prédios em áreas íngremes."

Oswaldo afirma que ainda não é possível estimar o tempo que será gasto para concluir as urbanizações no morro. "Fizemos o projeto no Jardim Oratório em 2004 e ele só foi ser concretizado em 2010. Mas acredito que agora possamos fazer com mais rapidez." O bairro recebeu, ao todo, recursos de R$ 68,2 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Entre as obras previstas estão a construção de 732 unidades habitacionais, canalização do Córrego Presidente Epitácio e serviços de infraestrutura urbana.

 

Deslizamentos mataram quatro em 2011

 

No ano passado, quatro pessoas morreram após serem atingidas por deslizamentos no morro do Macuco. As tragédias fizeram com que várias casas fossem interditadas pela Defesa Civil.

As duas primeiras mortes ocorreram no dia 5 de janeiro, quando o garoto Tauã Trindade dos Santos Lima, 11 anos, e a sua mãe, Deise Trindade dos Santos, 34, foram soterrados dentro do barraco em que moravam. A irmã e o tio da criança, que também estavam na casa, conseguiram escapar e sofreram ferimentos leves.

Na madrugada do dia 11 de janeiro as vítimas foram o adolescente Paulo dos Santos, 16, e o aposentado Marcos Antônio Marosticon, 58. Os corpos dos dois vizinhos só foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros durante a manhã. A cidade também registrou outra morte causada por deslizamento de terra na rua Vereador Alberto Ratti, no Jardim Rosina. Outra morte provocada pela chuva foi a da aposentada Antonia Avelaneda Grande, 63. A vítima morreu afogada dentro de casa após salvar o pai e dois netos de uma enchente.

Apesar de, na época da tragédia, diversas famílias terem sido removidas do Macuco, neste ano a equipe do Diário esteve no local e constatou que muitos moradores já haviam retornado às moradias nas áreas de risco. Segundo a Prefeitura, o morro teve aproximadamente 700 casas interditadas parcial ou totalmente.

O Jardim Zaíra é uma das áreas mais populosas de Mauá, com cerca de 80 mil habitantes.

 




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