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Pacientes do PS esperam 4 horas na fila em Diadema
Por Michele Loureiro
Da Sucursal de Diadema
29/08/2007 | 07:19
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Quatro horas. Este é o tempo médio que os pacientes do Pronto-Socorro Municipal de Diadema, na região central da cidade, precisam aguardar por atendimento.

Na ala pediátrica, as mães reclamam da demora. “Minha filha passou mal durante a noite. Eu vim para cá bem cedinho pensando em não perder o dia no emprego, mas já estou aqui há quase cinco horas e ainda não fui liberada e perdi o dia de trabalho”, diz Maria Creonilda da Silva, 30, auxiliar de limpeza, que estava no PS terça-feira.

Os pacientes reclamam também da falta de compreensão dos funcionários. “Ninguém aqui tem convênio médico e somos discriminados por isso, mas não estamos aqui porque queremos. Só vi duas médicas atendendo este tanto de gente. Também não é culpa delas, está na cara que falta gente aqui”, diz Leonor Amarante, 48, pedreiro.

Por falta de espaço, terça-feira Tamires Cruz, de 5 anos, era medicada na sala de espera. “Minha filha está tomando soro aqui fora, na sala de espera, porque lá dentro não tem espaço para todos que precisam”, diz a desempregada Sônia de Fátima Cruz, que já estava havia sete horas no pronto-socorro.

Descaso - O vendedor de biscoitos que passa o dia todo na frente do local conta que cenas de descaso com os pacientes são comuns.

“Aqui é movimentado o dia todo, mas mesmo sabendo disso falta gente para atender. Parece que eles não entendem que ficar doente não é escolha. Até mesmo os casos graves demoram para ser atendidos”, conta João Sabiá Penteado, 62.

Prefeitura - A Prefeitura de Diadema alega que cinco médicos estavam atendendo no Pronto-Socorro Central, que, segundo a administração municipal, recebe em média 700 pacientes por dia.

A Prefeitura justifica a demora no atendimento pela mudança de clima, que aumentou em 30% a demanda.

Sobre o caso dos pacientes em questão, a administração alega que ninguém deixou de receber atendimento pela equipe médica do Pronto-Socorro e que, ao contrário do que foi constatado pela reportagem e relatado pelos usuários, toda a prescrição medicamentosa e os cuidados terapêuticos foram ministrados dentro da sala de observação.



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