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Santo André aprova contratação de seguranças para prefeito
Por Maurício Klai
Do Diário do Grande ABC
05/04/2002 | 00:09
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A Câmara de Santo André aprovou nesta quinta, em primeira discussão, o projeto do Executivo que prevê a criação de seis cargos de Agente Especial de Segurança para cuidar da proteção do prefeito João Avamileno (PT). O projeto também cria a chefia de gabinete – a ser comandada pelo ex-secretário de Governo do prefeito assassinado Celso Daniel, Gilberto Carvalho – e um total de 14 cargos ligados à Secretaria de Educação. Cada agente receberá R$ 2.231,30 mensais. O chefe de gabinete, R$ 4.347,80. Os salários relativos à pasta da Educação variam de R$ 723 a R$ 785,30.

Os únicos a votar contra a matéria foram os três vereadores de oposição – os liberais Fernando Gomes e Luiz Zacarias e a petebista Dinah Zekcer. “Lógico que somos a favor do reforço na segurança do prefeito, uma vez que Celso Daniel foi assassinado. O mesmo com relação à regularização da função do chefe de gabinete”, afirmou Gomes. “O que não podemos tolerar é o PT aproveitar este momento delicado e embutir a criação de mais 14 cargos comissionados para a área de Educação.”

O liberal afirmou que se reunirá neste fim de semana com os colegas da oposição para redigir uma emenda que exclua a vinculação dos cargos comissionados do projeto. “O PT inchou o governo e abandonou os funcionários de carreira da Prefeitura”, disse Gomes. “Respeito a posição dele, mas Fernando falou uma grande bobagem. É um número de cargos muito pequeno e essenciais ao funcionamento da Prefeitura”, rebateu o presidente da Câmara, Carlinhos Augusto (PT).

Requerimento apresentado pelo vereador José Dilson (PDT) – pelo qual o aumento de 38,95% pleiteado pelos servidores públicos municipais poderia ser dividido em três vezes – gerou polêmica entre os colegas. Parte dos parlamentares pediu ao pedetista que transformasse o documento em indicação para que mais parlamentares pudessem assinar.

Dilson não aceitou e o requerimento, apesar das discussões, foi aprovado. “Os vereadores têm de apoiar a luta dos servidores e não dizer como o percentual deve ser pago”, disse o petista Ricardo Alvarez. Segundo ele, na próxima terça-feira uma indicação estará disponível para todos os vereadores “que quiserem endossar a luta da categoria sem entrar no mérito dos percentuais.”

Os vereadores também aprovaram, por unanimidade, convênio com a APCD (Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas) que, em menos de um mês, segundo o presidente da Câmara, já prestarão atendimento no centro hospitalar de Santo André. O convênio, de cinco anos, é renovável anualmente. Carlinhos, contudo, não soube informar quanto isso custará ao erário.




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