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Ricardo Navajas chega para organizar Ramalhão
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
27/10/2009 | 07:00
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Com a responsabilidade de implantar a experiência de quase duas décadas no organizado vôlei para o bagunçado futebol, Ricardo Navajas assumiu ontem o cargo de superintendente do Santo André. Apesar de ter migrado de esportes há apenas sete meses, quando assumiu cargo semelhante no Poços de Caldas FC, da Segunda Divisão mineira, Navajas já sabe se virar entre os boleiros e faz paralelo entre as modalidades.

"Ambos são esportes de alto rendimento e estão ligados ao treinamento e disciplina, que são indispensáveis. Preciso aprender muito ainda porque o futebol é muito complexo, principalmente na parte técnica e tática, mas na parte administrativa e organizacional as filosofias são as mesmas", comentou o dirigente que, como técnico de vôlei foi octacampeão paulista e tricampeão da Superliga pelo Suzano, e classificou a Venezuela à Olimpíada de Pequim (2008).

Por outro lado, aproveitar fatores positivos do vôlei, mal explorados no futebol, será uma das metas de Navajas no Ramalhão, como por exemplo a categoria de base. "A formação é diferente. No vôlei o atleta chega ao profissional com outra filosofia, sabe a participação efetiva em quadra e cria perfil de vencedor ou não. Já no futebol não, todo mundo se acha conhecedor das regras e de tudo. Então, estou aqui para poder ajudar, coordenar e administrar isso", comentou.

Além disso, algumas das funções de Navajas consistem em atuar como um para-raio, tirando as decisões administrativas das costas do técnico Sérgio Soares. Inicialmente, porém, espera ajudar o time a escapar do rebaixamento. "Agora é hora de dedicação, concentração e comprometimento por parte de todos", afirmou.

Algumas vivências no modesto Poços de Caldas servem de exemplo para o dirigente no Santo André. "Lá é uma equipe menor, mas são positivos os fatos de ter CT (Centro de Treinamento) e hotéis próprios, de não precisar depender da prefeitura para poder treinar. O que vejo aqui é esse problema de local, que tira um pouco do foco."

"A equipe precisa ter seu escritório, com suas coisas e horários para trabalhar. Entre os 40 times das Séries A e B, são poucos os que não têm estrutura física necessária. O Santo André é um clube que paga bem, em dia, o que é fundamental, mas estrutura também é importante", emendou o superintendente. "Não é crítica. Vim para fazer o possível para melhorar. Um time de ponta treinar no estádio não é o ideal", concluiu.




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