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Estudantes da Fundação evitam local do crime
Isis Mastromano Correia
Especial para o Diário
29/08/2007 | 07:15
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Na tentativa de driblar a falta de segurança, estudantes e pedestres habituados a passar pelos arredores da Fundação Santo André, no bairro Príncipe de Gales, estão mudando seus trajetos.

Para a maioria, a tática foi adotada há tempos, muito antes de o universitário Renato Inácio Arias, 23 anos, ser assassinado na alça de acesso à Avenida Prestes Maia, na última sexta-feira.

“Não é de hoje que a criminalidade faz parte desse pedaço aqui”, diz a secretária Odete Vieira. “Todos os dias esperava o ônibus no viaduto (Viaduto Engenheiro Luis Meira). Um dia fui assaltada e agora ando um pouco mais, mas venho para esse ponto (dentro da Fundação) que é mais movimentado”, explica.

O estudante Eduardo Luis Cano Júnior também montou rota alternativa que acredita ser mais segura. “Venho de Mauá e prefiro entrar na Prestes Maia vindo pela Lions.”

Roubo - Quem passa com freqüência pelo local acredita que o roubo é a modalidade preferida dos criminosos.

Encontrar estilhaços de vidro na Avenida Prestes Maia, nos arredores da Fundação, é, segundo pedestres e motoristas, indício de que mais um veículo foi violado.

“Já houve roubo de estepe e de aparelhos de som dos carros que ficam estacionados dentro e fora da faculdade. E não tem horário, já aconteceu de tarde e à noite”, diz o estudante Eduardo Luis Cano.

Universitários contam que depois da morte de Arias uma viatura permanece na entrada da Fundação.

Iluminação - No ano passado, o Viaduto Luis Meira ficou por sete meses às escuras. A iluminação, mesmo depois de restabelecida, não foi suficiente para garantir a segurança de quem passa pela via. “Fui assaltada com e sem luz. Não tem condição de ficar nos pontos de ônibus lá de cima (viaduto)”, diz a telefonista Aparecida Marins.

No entanto, o breu do viaduto parece ter migrado para outros lugares. “Tem faróis na Preste Maia muito escuros, não dá para parar de carro”, diz o estudante Maickel Roger dos Santos.

Segundo a Prefeitura, a manutenção da iluminação é realizada quando há necessidade e, por isso, não há periodicidade para esse trabalho.

Investigação - Até terça-feira, o assassino do estudante não havia sido preso. A polícia informa que a pessoa está escondida na favela do Corintinha ou da Tamarutaca. Ambas vizinhas do local onde ocorreu o crime na sexta à noite.



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