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Carro-bomba é encontrado em Israel
Da AFP
05/09/2002 | 11:31
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Foi declarado estado de alerta na manhã desta quinta-feira no Norte de Israel, depois de se descobrir um carro-bomba com 600 kg de explosivos, enquanto um tanque israelense era atingido por uma carga explosiva na Faixa de Gaza, depois de várias semanas de calma do lado palestino.

"Uma grande catástrofe foi evitada", declarou Yaacov Brorowsky, comandante da Polícia israelense no Norte de Israel, depois da descoberta de um carro-bomba num posto na estrada 60 km ao Norte de Tel Aviv, próximo da fronteira com a Cisjordânia.

Esta tentativa de atentado acontece a 48 horas do Ano Novo Judeu, Roch Hachana, que começará na sexta-feira à noite. Os membros do comando palestino que levavam o veículo conseguiram fugir e o estado de alerta foi declarado na região.

Na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira pela manhã, um tanque do Exército israelense foi atingido por uma carga explosiva próximo da passagem de Kissufim (centro), afirmaram fontes militares.

Um militar israelense foi morto e outros três ficaram feridos na explosão de uma bomba potente, segundo um comunicado militar. "Um soldado morreu e outros dois, além de um oficial, ficaram levemente feridos na explosão de uma bomba potente, acionada à distância na passagem do tanque, no Centro da Faixa de Gaza", afirmou o comunicado.

No acampamento de refugiados de Maghazi, próximo da passagem de Kissufim, os comitês de resistência popular, que reúnem os rebeldes de vários grupos palestinos, reivindicaram o ataque através de porta-vozes.

Por outro lado, na Faixa de Gaza, os blindados israelenses entraram em Rafag e em Deir El-Balah (Sul e Centro). O Exército israelense afirmou ainda que a colônia de Kfar Darom, próximo deste local, foi atingida por dois obuses de morteiro palestinos, que não deixaram feridos.

Dois soldados israelenses foram feridos por disparos palestinos no Norte da Faixa de Gaza. Na quarta-feira à noite, o chefe do governo israelense Ariel Sharon rejeitou o novo plano de paz da União Européia, apresentado pelo chefe da diplomacia dinamarquesa, Per Stig Moeller.

Pouco antes, o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, tinha dito a Moeller que "em princípio estava de acordo" com o plano. Sharon afirmou que não pode existir nenhum avanço enquanto Yasser Arafat estiver na liderança da Autoridade Palestina, porque este bloqueia as verdadeiras reformas que permitirão colocar fim ao terrorismo.

O plano europeu prevê a criação de um Estado palestino, com fronteiras provisórias em 2003 e definitivas em 2005. Em seguida, Sharon declarou que via aparecer "pela primeira vez a possibilidade de um acordo político com os palestinos", mas na quarta-feira à noite a Autoridade Palestina colocou em dúvida a sinceridade destas declarações.

Há um mês que Israel vive um período de relativa calma, sem atentados no seu território. Ao mesmo tempo, vários ataques do Exército israelense nos territórios palestinos reocupados provocaram pelo menos 15 mortes, em sua maioria de civis, vários deles mulheres e crianças.

Por outro lado, na quarta-feira, dois palestinos da Cisjordânia foram deportados à Faixa de Gaza, depois que a Corte Suprema israelense confirmou a decisão de um tribunal militar judeu neste sentido.

Hoje, deveria ter começado num Tribunal de Tel Aviv o julgamento do dirigente Marwan Barghuthi, que Israel acusa de "homicídios" e de "participação numa organização terrorista".




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