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Faxineiro é morto em perseguição; PM acusa, depois admite erro
14/04/2006 | 08:23
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Rogério Santos Dias tinha 33 anos e ficha criminal limpa. Trabalhava na faxina do Hospital Samaritano. Casado, pai de um garoto de 10 anos, nunca andou armado. Anteontem à noite, Dias foi baleado por policiais militares perto da casa da sogra. Morreu no Hospital Planalto, zona Leste de São Paulo. Os PMs tentaram incriminar a vítima: afirmaram que Dias estava num carro perseguido e atirou. Apresentaram até uma pistola usada pelo suspeito. Ontem à tarde a Corregedoria da Polícia Militar admitiu: Dias era inocente e foi morto por uma bala perdida.

Pouco antes de Dias ser baleado, policiais da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) perseguiam um Escort cinza escuro, sem queixa de roubo. Iniciada no centro de Itaquera, a perseguição acabou na rua Bignônia, em Cidade A.E. Carvalho – onde mora a mãe da auxiliar de enfermagem Vanda Barbosa da Silva, 30 anos, mulher de Dias.

Segundo o tenente-coronel Ricardo Ferreira, do 39º Batalhão, o cabo Marcelo Batista de Moraes e o soldado Róbson Constantino de Araújo afirmaram que Dias estava no Escort e desceu atirando. Como prova, levaram ao 64º Distrito uma pistola calibre 7.65 milímetros.

“Meu cunhado não tinha nada a ver com o Escort”, disse o bicicleteiro Antônio Carlos da Silva, 37. Segundo ele, Dias jantou com a sogra, e, pouco antes das 20h, saiu com o filho, Guilherme, para pegar a mulher no metrô em seu Fox cinza.



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