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Preservação ferroviária: a esperança ressurge

Salvar estações ferroviárias. O assunto ganha destaque graças à nova ação do Condephaat

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
19/07/2010 | 00:00
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Salvar estações ferroviárias. O assunto ganha destaque graças à nova ação do Condephaat (Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado). Técnicos do órgão têm vistoriado bens paulistas, entre os quais estações do Grande ABC, a partir de Paranapiacaba.
Nos tópicos que se seguem, enviados por Victor José Ferreira, presidente do MDF (Movimento de Defesa Ferroviária), é traçado um perfil das ações do Condephaat na área.

Mapeamento - Condephaat vistoria dezenas de antigas estações ferroviárias do interior de São Paulo. São avaliados: a importância histórica, aspectos arquitetônicos, urbanísticos e ambientais. O alvo é triplicar o número de bens tombados até o fim do ano, acelerando os processos - atualmente, são 17.

História - As ferrovias são responsáveis pelo atual desenho da urbanização no Estado. Elas incentivaram a ocupação do território e a formação das cidades, como várias no Grande ABC na linha São Caetano a Paranapiacaba. Também estão ligadas à imigração, ao processo de industrialização e à consolidação dos eixos de exportação, sobretudo do café.
"Estamos olhando a linha inteira e mapeando os bens que podem ser preservados", informou Rovena Negreiros, presidente do Condephaat.

Antecipação - A iniciativa inverte o processo usado para o tombamento. Em vez de esperar os pedidos encaminhados pelas prefeituras e órgãos de preservação ferroviária, os técnicos vão a campo fazer o levantamento.

Precariedade - A maioria das construções está em condições precárias. No caso do Grande ABC, o drama maior atinge a estação de Campo Grande. Mas nenhuma outra foi avaliada em ótimo estado e apenas sete foram consideradas em bom estado, nenhuma do Grande ABC.

Patrimônio - Restam mais de 200 estações ferroviárias no interior do Estado, mas apenas 13 são tombadas.

Grande ABC - O Condephaat protege o complexo ferroviário de Paranapiacaba, em Santo André.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sábado, 19 de julho de 1980

Manchete - Governo rejeita envolvimento no golpe da Bolívia.

Comunicação - Transmissores da TV Tupi lacrados em sete Estados; Dentel tira do ar TV Tupi em São Paulo.

Santo André - Moradores da favela da Vila Lutécia conseguem celebrar a primeira missa.

Sindicalismo - Bancários brasileiros realizam encontro em São Bernardo.

Primeiro Plano (Eduardo Camargo) - Governo arrocha indústrias que poluem.

Esportes - Começam os Jogos Olímpicos de Moscou.

Cinema/crítica (Heitor Capuzzo) - O filme Xica da Silva e o cinema histórico.

Polícia - Gangue invade casa e espanca mulher em Utinga.

EM 19 DE JULHO DE...

1935 - Fundada a I Conferência Vicentina de Santo André, em solenidade realizada na Igreja Matriz, da Vila Assunção.

1941 - O músico e folclorista João de Deus Martinez nasce na Usina Tamoio, em Araraquara. Desde 1960 reside em Santo André. Colabora diariamente com Memória, na seção Santos do Dia.

HOJE

Dia da Caridade e Dia Nacional do Futebol.

SANTOS DO DIA

Adolfo, Arsênio, Áurea e Símaco.
Na estampa, São Vicente de Paulo (França 1581-1660). Sacerdote. Um dos responsáveis pela reforma católica em seu País.
Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

Trabalhadores
Nascem em 19 de julho:

1892 - Sebastião dos Santos. Natural de Rezende (RJ). Associado nº 799 do Sindicato dos Químicos do ABC. Ajudante de tocheiro da CBC.
1915 - Acácio Batista dos Santos. Natural de Ribeirão Pires. Mecânico da indústria Dal'Mas.
1921 - Ezequiel José de Andrade. Servente de fabricação da Rhodia. Residência: Rua Bélgica.
1930 - Rosa Moreira Costa. Natural de Jaborandi (SP). Operária da Rhodia. Residência: Rua da Conceição, 67, São Caetano.
Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

JOSÉ AMADOR DE PAULA
(Ocauçu, SP, 27-8-1915 - Santo André 29-6-2010)
ANTONIA GARCIA DE PAULA
(Ocauçu, SP, 9-12-1924 - Santo André 12-5-2010)

José e Antonia cresceram juntos no Interior, na região de Marília. A infância, o namoro, o casamento. Tiveram nove filhos. Trabalharam na roça, viveram 30 anos no Paraná e em 1977 chegaram a São Bernardo. Moraram em dois lugares: Vila Baeta e, em seguida, no Jardim do Lago.
Aparecido de Paula, um dos filhos, fala dos dois. A mãe era uma santa de bondade. A todos atendia. "Ela vai direto para o céu." O pai era um trabalhador. Chegou a líder de uma empreiteira que trabalhava para a unidade Villares de São Bernardo.
Trabalhou até os 80 anos de idade, com grande vigor. Era agitado e autoritário.
José e Antonia iriam completar 70 anos de casados em outubro. Não deu tempo. Dona Antonia partiu aos 85 anos; menos de dois meses depois faleceu o Sr. José, aos 94. Os dois estão sepultados no Cemitério Jardim da Colina.
Deixam oito filhos: Pedrina, João, Luiz, Valdomiro, Aparecido, Maria Helena, Evandro e Gerônimo - o nono filho, Juraci, é falecido; deixam também 18 netos e 10 bisnetos.AM


Falecimentos

SANTO ANDRÉ
Arari Arcanjo Alves, 87 anos.
Amadeu Mendes, 87 anos.
Rosaria Lopes Mantovani, 86 anos.
Lourival Francisco dos Anjos, 86 anos.
José Calazans dos Santos, 86 anos.
Dalvina Cândida da Cruz, 86 anos.

SÃO BERNARDO
Diva Barberino Vasconcelos, 93. Natural de Saúde (BA). Cemitério dos Casa.
Leonida Ercolin Prieto, 88. Natural de São Paulo (SP). Cemitério Morumbi.
Benedicto Mendes Rosa, 88. Natural de Franca (SP). Cemitério dos Casa.
Emilia Domingues Lugli, 77. Natural do Espírito Santo do Pinhal (SP). Cemitério Paulicéia.
José Santiago Gomes, 75. Natural de Palestina (SP). Cemitério dos Casa.
Luiz Lopes da Silva, 73. Natural de Camaçari (BA). Cemitério Santo André.
Oswaldo Mendes, 68. Natural de Cafelândia (SP). Cemitério dos Casa.
Aparecido Pereira de Souza, 67. Natural de Presidente Alves (SP). Cemitério dos Casa.

SÃO CAETANO
Cemitério da Cerâmica
Arminda Ferrero, 93.
Ondina de Paula, 85.
Eliseo Aparecido Floriano, 73.
José Sebastião Julião, 67.
Osvaldo Benincasa, 65,
José Luiz Perente, 52.




Comentários

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