Política Titulo Na Rede Globo
Polarização vira alvo de último debate antes de primeiro turno

Disputa entre Bolsonaro e Haddad é questionada, assim como a ausência do presidenciável do PSL

Raphael Rocha
Do dgabc.com.br
05/10/2018 | 00:57
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A polarização entre o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, e o candidato do PT, Fernando Haddad, foi o tema central do último debate entre os postulantes ao Palácio do Planalto antes do primeiro turno – marcado para domingo –, na Rede Globo. Terceiro, quarto e quinto colocados nas pesquisas de intenções de voto, Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) buscaram desconstruir as imagens do deputado federal e do ex-prefeito da Capital, colocando em xeque o futuro do País caso os dois alcancem o segundo turno.

Questionamento à disputa entre Bolsonaro e Haddad foi colocado na primeira intervenção do debate. Ciro resgatou o clima de cisão na campanha de 2014, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). “Vemos uma repetição em 2018”, cravou ele, lembrando o processo de impeachment de Dilma. “Não acredito que eles (Haddad ou Bolsonaro) tenham condição de governar.”

Alckmin também usou do expediente de críticas à polarização. “O PT terceiriza suas falhas, suas responsabilidades. Mas a saída não é o candidato da direita”, avaliou o tucano. “Acredito que nem PT nem Bolsonaro tiram País da crise.”

Ausente do debate – alegando orientação médica –, Bolsonaro foi bastante questionado. Ciro citou, ao menos três vezes, que o candidato do PSL fugiu do embate de propostas. “Ele deu longa entrevista na emissora concorrente. Fugiu. Seu vice (general Hamilton Mourão) disse que vai acabar com o 13º salário e adicional de férias. Ele, quando ouve isso de seus aliados, nega. Ele precisaria estar aqui.”

Haddad também foi bastante criticado. Em um dos momentos de maior tensão, em confronto direto com Alvaro Dias (Podemos), retrucou o atual senador pelo Paraná, que disse que o PT havia “roubado a Petrobras”. “É melhor manter a compostura no debate. O senhor está atrapalhado, no tempo e no espaço. O senhor precisa se situar aqui.”

Em outro instante, Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) trocaram farpas. “Minha história é de quem trabalha, sei que pode parecer estranho a você trabalhar”. Boulos rebateu. “Você é banqueiro e banqueiro não trabalha.”  




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