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Começa maratona às eleições presidencial e legislativa na Rússia
Da AFP
02/09/2007 | 15:30
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A Rússia entrou neste domingo em uma maratona eleitoral, com a realização nos próximos meses de eleições legislativas e presidenciais, em que o maior suspense se dá em torno da eleição do sucessor do presidente Vladimir Putin, em março de 2008.

Um decreto assinado neste domingo por Putin obedece à lei eleitoral de 18 de maio de 2005 que "fixa o dia 2 de dezembro para a eleição dos deputados da Duma da Federação Russa", anunciou o Kremlin em um comunicado.

Uma vez publicado este decreto no diário oficial Rossiskaia Gazeta - nos cinco dias que seguem a sua assinatura - a campanha eleitoral estará definitivamente aberta e terá início a batalha para a conquista dos 450 assentos da Duma, a câmara baixa do parlamento.

As eleições legislativas representam a última prova eleitoral antes das eleições presidenciais de 2 de março de 2008. Segundo a Constituição russa, Putin, no poder desde 2000, não pode se candidatar após ter exercido dois mandatos consecutivos.

O chefe do Kremlin, muito popular em seu país, afirmou em várias oportunidades que não modificaria a Constituição para poder se candidatar mais uma vez, mas ressaltou que manteria uma certa "influência", sem entrar em detalhes.

Também anunciou que no momento oportuno se pronunciaria a favor de um candidato. Este, apoiado pelo Kremlin, teria então maiores chances de ser eleito.

Os vice-primeiros-ministros Dimitri Medvedev e Serguei Ivanov são por enquanto potenciais candidatos, mas vários analistas prevêem o surgimento de um ‘terceiro homem’.

Mais de 107 milhões de eleitores foram convocados a eleger os 450 deputados da Duma.

Enquanto o suspense para as eleições presidenciais russas continua sendo grande, o resultado das legislativas quase não deixa espaço para dúvidas: o partido pró-Kremlin Rússia Unida, que possui a maioria absoluta dos assentos da atual Duma, já é o favorito com 50% das intenções de voto nas pesquisas.

O partido Rússia Justa, criado em 2006 para atrair os votos do eleitorado comunista, tentará confirmar seu avanço das eleições regionais de março (12% dos votos). Esta formação se apresenta como oposição de esquerda, mas apóia sem hesitações o presidente Putin.

Além do Rússia Unida e do Rússia Justa, apenas os comunistas e os ultranacionalistas de Vladimir Jirinovski, com uma postura conciliadora em relação ao homem forte do Kremlin, têm chances de entrar na Duma, segundo as sondagens.



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