Cerca de 25 mil passageiros de 14 linhas intermunicipais que ligam o Grande ABC à Capital são prejudicados pela paralisação de trabalhadores da Eaosa (Empresa Auto Ônibus de Santo André) e da Viação Ribeirão Pires desde segunda-feira à tarde. Os funcionários cobram o recebimento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que deveria ter sido paga pelas empresas no dia 30 de setembro, e também do tíquete alimentação no valor de R$ 550, está atrasado desde o início do mês.

Segundo o coordenador da subsede de Mauá do Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC), Erivan Vicente de Moura, a greve foi a única alternativa encontrada pela categoria para solucionar os atrasos no pagamento. “Desde o início do ano é a mesma situação todo mês. O complicado é que os empregados saem de suas casas todas as manhãs para trabalhar, entregar no final do dia o dinheiro para os patrões, e no dia de eles (empresários) pagarem dão desculpas. Muitos dos funcionários já estão com problemas em casa”, relata.

Um empregado da Eaosa, que preferiu não se identificar, reclama do problema. “Sempre atrasam nossos salários e nunca dão satisfação. Assim fica difícil trabalhar.”

Embora tenham sido pressionados por funcionários para realizarem uma reunião, representantes das duas empresas optaram por não se posicionar sobre o assunto. A expectativa da categoria é a de que seja realizada assembleia hoje para discutir o assunto.

TRANSTORNOS

No entanto, sem acordo, usuários seguem sendo prejudicados com a paralisação. “Infelizmente, esse tipo de greve atrapalha bastante. Temos de pensar em quais ônibus vamos pegar para chegar ao nosso destino”, disse a atendente Amanda Gomes de Lima, 21 anos.

Em seu portal (www.emtu.sp.gov.br), a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) informou que usuários das linhas afetadas pela greve têm a opção de utilizar linhas municipais, além da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).