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Emae divulga resultados da flotação
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
08/04/2008 | 07:05
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O governo liberou os primeiros resultados dos testes de flotação do Rio Pinheiros. Segundo o diretor da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), Antonio Bolognesi, a Billings está fora de perigo. Amostras iniciais mostram que a qualidade da água tratada pelo sistema e bombeada para a represa é equivalente à registrada atualmente pelo manancial.  Bolognesi afirma que o resultado do tratamento mostra que o projeto é viável para a despoluição do rio, aumento da capacidade de abastecimento público da represa e ampliação da quantidade de energia gerada na Usina Henry Borden, na Baixada Santista.

 “Muitas pessoas achavam que o teste poderia trazer algum problema de segurança. Não traz, nunca trouxe. Os testes são positivos no sentido de que não foi detectada nenhuma substância tóxica, ou cancerígena, metais pesados, nada.”

 O controle, de acordo com o governo, acontece diariamente, com medições feitas em tempo real. Os laboratórios contratados enviam os dados coletados de forma simultânea para o Ministério Público Estadual e Emae. “Qualquer resultado ruim já teria interrompido o teste (condição estipulada no acordo firmado com o MPE), mas todos os parâmetros de controle estão sendo atingidos. Não há nenhum motivo real para preocupação.”

 As críticas cravadas por ambientalistas estão relacionadas, segundo o diretor da Emae, ao temor pelo desconhecido. “O primeiro é o medo da precaução, que coloca as pessoas em alerta. Em segundo lugar, há a questão ideológica. Teve gente que chegou aqui e disse que o bombeamento para a Billings não deveria acontecer nem com água Perrier. Ouvi com meus próprios ouvidos. É o extremo do preconceito. Por último, há a questão da vaidade. Quem gostaria de estar participando e não está,critica”, diz.

 A garantia do trabalho é confiada à equipe de profissionais da USP (Universidade de São Paulo), que goza de total credibilidade junto ao governo. “Temos seis profissionais do departamento de saúde pública que acompanham e estão tranqüilos. A tecnologia é dominada mundialmente. Por que funciona num ambiente fechado e não funcionaria num ambiente aberto? A Petrobrás não colocaria dinheiro em algo sem análise de engenharia”, pergunta Bolognesi.

 A estatal investiu R$ 59 milhões na compra dos equipamentos usados na primeira estação de flotação, no cruzamento do Rio Pinheiros com a Billings. Os custos dos testes estão avaliados em atuais R$ 16 milhões, pagos pelo Estado. Ainda segundo a Emae, os dados colhidos no período serão disponibilizados na internet, nos próximos dias, pelo site www.emae.com.br.



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