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Preso de Guantánamo rejeita advogado americano em julgamento
Por Da AFP
02/03/2006 | 14:59
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Um suposto assessor de Osama Bin Laden, o iemenita Ali Hamza Ahmad Al-Bahlul, boicotou nesta quinta-feira seu próprio julgamento diante de uma corte militar americana em Guantánamo, quando foi impedido de representar a si mesmo.

O juiz do caso não proibiu a apresentação de provas obtidas por meio de tortura.

O oficial militar designado como advogado de defesa do iemenita Ali Hamza Ahmad al-Bahlul, de 37 anos, havia pedido ao coronel da reserva Peter Brownback que excluísse do julgamento as provas conseguidas por meio de torturas.

Depois de uma longa pausa, Brownback respondeu: "O que você e eu entendemos como tortura poderia ser diferente".

Bahlul é acusado de conspirar com a rede terrorista Al-Qaeda em ataques contra civis e suas propriedades.

O tribunal não permitiu que o preso se defendesse por conta própria. Bahlul também não conseguiu ser defendido por um iemenita, como havia solicitado.

Seu advogado de defesa, o major americano Tom Fleener, disse que esta proibição contradiz a lei, incluindo as leis marciais americanas e as convenções internacionais.

"Isto mostra como o sistema é absurdo", disse Fleener a repórteres.




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