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Delegado da PF na Lava Jato quer ouvir Filippi

Ex-prefeito de Diadema foi citado por Josélio Sousa em mesmo documento que Lula e Rui Falcão

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/09/2015 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


A PF (Polícia Federal) quer ouvir, na Operação Lava Jato, o ex-prefeito de Diadema José de Filippi (PT) por seu trabalho como tesoureiro nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, e de Dilma Rousseff (PT), em 2010.

A investigação da PF busca apurar denúncia de corrupção na Petrobras, entre 2004 e 2014, em esquema de arrecadação de propina para abastecer campanhas eleitorais do PT.

O documento já encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) é o mesmo que pede o depoimento de Lula. O nome o presidente do PT, Rui Falcão, também consta no relatório.

O pedido foi feito pelo delegado Josélio Sousa, que integra a força-tarefa da Lava Jato perante o STF. A PF estabeleceu prazo de 80 dias para aprofundar as investigações, justificando que o período se dá por conta “das dimensões dos fatos e a quantidade de investigado nos autos”.

Apurações sentenciaram a prisão do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, em 15 de abril, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. O petista nega ter participado de esquema.

Procurado pela equipe do Diário, o ex-prefeito diademense anunciou que “não vai se pronunciar, pois até o momento não foi notificado oficialmente”.

Em junho, Filippi foi convocado a prestar depoimento na CPI da Petrobras, em requerimento apresentado pelo deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP). A convocação do ex-prefeito de Diadema se deu após Ricardo Pessoa, presidente da UTC Engenharia, incluir seu nome no rol de suspeitos de terem recebido dinheiro público desviado da Petrobras. O petista nega as acusações.

Na quinta-feira, reportagem do Diário mostrou que Filippi retirou seu nome como representante do PT na corrida pelo Paço de Diadema, no ano que vem. Em reunião com petistas, o ex-prefeito assegurou que a decisão não estava atrelada à citação na Lava Jato. Garantiu tratar-se de posição firmada junto à família.




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