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Paranapiacaba alerta sobre falta de estrutura para Festival de Inverno
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
25/06/2010 | 07:04
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A menos de um mês da 10º edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba, comerciantes e moradores estão preocupados com a falta de divulgação e a infra-estrutura para receber os milhares de turistas que todos os anos lotam o local.

"A Prefeitura disse que vai começar a divulgar na semana que vem. E diferente do que vem informando, vai manter os três finais de semana do Festival. Dependemos dele para sustentar o fluxo de caixa o ano inteiro. Não dá para ter um final de semana a menos", declarou Adalberto Nazario, representante da Associação de Empreendimentos de Alimentação e Hospedagem e Serviços de Paranapiacaba, que se reuniu ontem com secretário de Cultura, Edson Salvo.

Segundo Adalberto, o evento que começaria em 17 de julho será antecipado em uma semana, para o dia 10. A Prefeitura de Santo André não confirmou, mas disse que começará na semana que vem divulgação maciça em rádio, televisão, jornal, cartazes, outdoors e panfletos, na Capital e região.

Em outro encontro, também ontem, comerciantes manifestaram suas preocupações. "Não podemos mexer em nada porque é patrimônio nacional. Não é possível construir rampas de acesso para cadeirantes e banheiros, por exemplo", relatou Zilda Peixoto, 38 anos, proprietária de restaurante, durante primeira atividade do programa Bairros + Fortes da Prefeitura de Santo André, no Clube União Lyra Serrano, na Vila. Dezesseis comerciantes compareceram.

No local, que contou com a presença de representante da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), e com palestra de representante do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os participantes foram convidados a mencionarem dificuldades enfrentadas para melhorar o evento.

"Até agora não vi uma divulgação do Festival. Em 2009, a divulgação em outdoor só saiu no segundo final de semana. Todos nós tivemos muitos prejuízos porque veio bem menos gente que no ano anterior. Sobrou e estragou muito produto", declarou Julio Cesar do nascimento, 47, o Tio Cesar, proprietário de restaurante.

Em 2008, cerca de 110 mil pessoas passaram pelo festival nos três finais de semana. No ano passado, segundo a prefeitura, foram 60 mil. "Não vieram nem 30 mil. Em anos anteriores havia dificuldade para transitar pelas ruas, para atravessar a ponte para a parte baixa levava uns 10 minutos", declarou Cássio Marques, 24, proprietário de um bar, que existe desde 1930. Cássio é a terceira geração da família a administra o local e também é monitor da Vila. "Estamos numa área de conservação ambiental e eles colocaram, em 2009, uma barraca de tiro ao alvo em animais. Sem contar as barraquinhas todas de quermesse, que descaracteriza a festa", exclamou. Ele observou também que o local precisa de um trabalho de restauração urgente, principalmente o Museu Castelo. O município disse que neste ano não haverá as barracas como em 2009.

ABANDONO - Abandono. Essa foi palavra mais usada pelas pessoas ouvidas, ao se referirem aos serviços públicos básicos. Entre as reclamações, as mais constantes foram sobre Transporte e de falta de médicos no Posto de Saúde. O Diário constatou que o posto que existia na parte alta foi desativado e no da parte baixa não havia médico plantonista ontem.

Segundo a Prefeitura, a situação encontrada "foi pontual". A médica estaria de licença e quem a substituiria não compareceu à unidade, que possui sete profissionais que fazem plantão 24 horas, além dos enfermeiros. A média de atendimento é de 80 pessoas por dia. Com relação ao Museu, o município disse que será lançado edital para contratar empresa que fará manutenção no local e nos demais prédios de uso institucional. A Santo André Transportes afirmou que negocia com Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André aumento de 20% na frota para o Festival.




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