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Serras Gaúchas
Imperdível, passeio de Maria Fumaça convida a conhecer imigração italiana
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
18/07/2019 | 07:27
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Divulgação


Pode-se tratar como um pecado ir à Gramado ou Canela e não viver a experiência do passeio de Maria Fumaça. Não só pelo charme de viajar por 23 quilômetros a bordo de locomotiva a vapor fabricada em 1941, mas pelo contexto que leva o visitante a conhecer e vivenciar um pouco do que foi a colonização europeia, principalmente italiana, que aconteceu naquela região da Serra Gaúcha.

A linha férrea liga as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa em percurso de 90 minutos. Ela foi construída em 1919 e transportou passageiros até 1970, quando foi desativada. Em 1992, a família de Rosa e Lázaro Giordani, que chegaram ao Brasil em 1875, saindo de Padersano, na Itália, retomou as atividades com fim turístico e com a ideia de contar como foi a chegada dos italianos à região, a qual chamavam de terra prometida.

Para isso, além do passeio na Maria Fumaça, a Giordani Turismo construiu ao lado da Estação de Bento Gonçalves parque cultural de 2.000 metros quadrados chamado de Epopeia Italiana. Ali os visitantes são convidados a viajar pelo tempo e, por meio de nove cenários interativos e em tamanho real, vivenciar como Rosa e Lázaro Giordani contrariaram a família, se casaram às pressas para deixar a Itália e vir para o Brasil no porão de um navio. Um ator, falando em italiano, representa Lázaro e conduz a apresentação misturando o mundo real ao virtual.

Depois de se emocionar durante a visita à Epopeia Italiana, os turistas seguem para a Estação de Bento Gonçalves e são recebidos com uma taça de vinho ou suco de uva branco ou tinto. Embarcam na Maria Fumaça e, durante o trajeto, participam de apresentações teatrais e de músicas italiana e gaúcha, tudo conduzido por guia que o tempo todo passa informações culturais da região.

A primeira parada é a Estação de Garibaldi, quando os passageiros podem descer do trem e tirar fotos, além de degustar espumante e suco de uva tinto. Essa é a oportunidade de ir até o vagão 215, o único que conserva os bancos em madeira, originais da época em que a locomotiva estava em pleno funcionamento e também foi usado para gravações de novelas e filmes, como Terra Nostra e O Quatrilho. O passeio segue até o ponto final, que é a Estação de Carlos Barbosa.

BOM SABER - Por ter restaurado a linha férrea, a locomotiva e custeado a operação, a Giordani Turismo é quem oferece o passeio do trem. Mas como está sediada em Bento Gonçalves, a empresa autoriza agências de Gramado e Canela a comercializar a atração, com a Giordani administrando apenas os horários de saídas da locomotiva.

O valor do passeio varia de acordo com o que está incluído. Como a rota de Gramado até Bento Gonçalves tem 120 quilômetros (duas horas de van), as operadoras incluem paradas estratégicas em outros pontos turísticos e, com isso, deixam o pacote mais completo.

O roteiro mais usual sai de Gramado, às 7h, com a primeira parada no comércio de Nova Petrópolis. Depois, a van chega à Cantina Tonet, em Caxias do Sul, adega que oferece visita monitorada e degustação de todos rótulos (vinhos suave e seco, suco de uva e espumantes) produzidos por eles. Na sequência, os turistas chegam a Bento Gonçalves, almoçam e seguem para a Epopeia Italiana antes de embarcar na Maria Fumaça. Por fim, ainda está inclusa visita à loja de fábrica da Tramontina, em Carlos Barbosa (que tem preços muito bons, vale destacar). O ingresso para esse pacote custa, em média, R$ 250 por pessoa. 




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