Esportes Titulo Para quebrar jejum
Dunga pede uma Seleção Brasileira ousada contra o Peru

O time precisa de uma vitória convincente contra o Peru nesta quarta, com facilidade e muitos gols

01/04/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


Dunga pediu aos jogadores da Seleção Brasileira que encurralem os peruanos, não tenham medo de tentar o drible ou as jogadas individuais, mesmo que errem e irritem a torcida. O treinador sabe que vai enfrentar uma retranca pesada pela frente e - mais ainda - que o time precisa de uma vitória convincente hoje, com facilidade e muitos gols, a partir das 22h10, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Gols, aliás, que não surgiram em jogos em casa pelas eliminatórias Sul-Americanas em 2008. Foram três partidas e três empates por 0 a 0 - contra Argentina, Bolívia e Colômbia. Um novo 0 a 0 derrubaria o mundo na cabeça de Dunga. Principalmente porque o adversário vem de derrota por 3 a 1 para o Chile, em Lima, ocupa a lanterna e está em crise.

"Precisamos nos movimentar, atuar em velocidade, tentar o drible e buscar a individualidade", comentou o treinador, confiante em ter o apoio da torcida, já que é gaúcho.

A última vitória em casa na disputa por vaga no Mundial foi em 21 de novembro de 2007 contra o Uruguai, no Morumbi: 2 a 1. A necessidade de um triunfo hoje é grande, já que o Brasil caiu para o quarto lugar, com 18 pontos. "O Brasil sempre tem a obrigação de vencer em casa e, se possível, dar espetáculo", disse Kaká.

O craque é a aposta de Dunga para aumentar a velocidade e a criatividade, dois itens que não existiram no jogo contra o Equador (1 a 1). O técnico evita dar pistas de quem jogará a seu lado, Ronaldinho Gaúcho ou Elano, mas a aposta é de que dê mais uma chance ao meia-atacante do Milan, que estará em sua terra natal.

"Já jogamos juntos e tivemos grandes apresentações, como na Copa das Confederações de 2005", lembrou Kaká.

Dunga deve manter a equipe que empatou com o Equador, com exceção do lateral Maicon, machucado, que dá lugar a Daniel Alves.

Segurança segue esquema Gre-Nal

Ao menos uma certeza a Seleção Brasileira tem para o jogo contra o Peru, hoje, no Beira-Rio, em Porto Alegre: estádio lotado. Restam apenas 3.000 dos 40 mil ingressos colocados à venda. Outros 8.000 pertencem à cota distribuída pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a funcionários e patrocinadores.

Ontem, o torcedor gaúcho já deu uma mostra do entusiasmo que cerca o jogo. Mais de 20 mil pessoas levaram 1 quilo de alimento e assistiram ao último treino da Seleção Brasileira. O time de Dunga demorou mais de uma hora para entrar em campo e, quando o fez, acabou aplaudido. A exceção foi Ronaldinho Gaúcho. Quando o ex-jogador do Grêmio pisou no gramado, ouviu uma estrondosa vaia.

A rivalidade Gre-Nal não chega a preocupar as autoridades de segurança, mas causa apreensão: um efetivo semelhante ao dos tradicionais clássicos gaúchos (956 policiais militares) será utilizado. "A gente imagina que, pelo nível dos torcedores que devem estar presentes (o ingresso mais barato custava R$ 70), não teremos problema", afirmou o tenente-coronel Silanius, chefe do policiamento.

Ele lembra que as torcidas organizadas estão proibidas de entrar no estádio com seus instrumentos de percussão e mastros de bandeira. "Queremos evitar que os grupos de baderneiros se juntem", disse.

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, fez um apelo para que os torcedores prefiram usar as cores da seleção em vez de irem com o uniforme dos times da capital gaúcha. "É claro que não é proibido entrar no estádio com a camisa dos clubes", sublinhou. "Mas seria de bom senso usar as cores do Brasil".

Os meios de comunicação local tentam incentivar os torcedores a deixarem a rivalidade de lado e apoiarem a seleção. A prefeitura de Porto Alegre também pintou a guia das calçadas por onde o ônibus da equipe de Dunga passará na cidade de verde, amarelo e branco. Enfim, a festa já está armada.   




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;