Uma expedição dinamarquesa partiu no domingo para o Ártico com o objetivo de cartografar o fundo marinho do norte da Groenlândia, o que permitira à Dinamarca confirmar suas reivindicações nesta zona, ambicionada também pelos russos.

A expedição, formada por 45 pesquisadores, partiu de Tromsoe (norte da Noruega) a bordo do navio quebra-gelo sueco "Oden". Durante cinco semanas, os cientistas examinarão o fundo marinho compreendido entre as latitudes 83° e 87° norte, um território autônomo dinamarquês.

Seus estudos poderão permitir que o país prove que a costa de Lomonossov, uma cadeia de montanhas submarina, que se estende da Groenlândia à Sibéria, é um prolongamento da Groenlândia, podendo, assim reivindicar direitos sobre uma zona onde pode haver importantes jazidas de hidrocarbonetos.

A Rússia já reivindicou uma grande parte dessa região, argumentando que a estrutura de Lomonossov é um prolongamento da Sibéria. O Canadá também considera que a cadeia é uma extensão de sua colina continental.

Em 2 de agosto passado, uma expedição russa fincou, ajudada por dois submarino, uma bandeira russa de titânio a quatro mil metros de profundidade no Polo Norte, o que despertou novamente a ambição sobre o Ártico.