Pelo segundo mês consecutivo as vendas no comércio varejista registraram queda em fevereiro frente ao mês anterior. Desta vez, levantamento feito pela Serasa Experian pontuou recuo de 0,3%. Em janeiro o indicador recuou 2%. Em relação a 2011, o resultado sinalizou expansão de 5,1% no mês, o menor crescimento anual desde agosto de 2009.

A empresa explica que o fraco desempenho do varejo neste início de ano é sinal de que os consumidores aproveitaram o 13º salário, dissídio e o reajuste do salário-mínimo, que passou a vigorar em janeiro, para quitar dívidas em vez de ir às compras. Dos seis segmentos pesquisados pela Serasa, quatro tiveram movimento de vendas menor.

Os resultados foram negativos para combustíveis e lubrificantes (4,1%), veículos, motos e peças (1,6%), móveis, eletroeletrônicos e informática (0,9%) e material de construção (0,6%). Em movimento contrário ficaram supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (1,7%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (1,6%). As liquidações para renovação de estoque nos supermercados e lojas de roupa colaboraram para que o indicador não ficasse ruim.

REGIÃO - No Grande ABC, os comerciantes diademenses também não estão satisfeitos com o resultado neste início de ano. O presidente da ACE Diadema (Associação Comercial de Diadema), Gildo Freire, relata que os empresários estão reclamando bastante do ritmo de vendas. “Em janeiro não foi bom, mas fevereiro foi mais fraco ainda”, lamenta.

Para o executivo, o feriado do Carnaval foi o principal responsável pelo resultado aquém do esperado. Uma das justificativas é que a maioria dos consumidores poupou para viajar e evitou gastar antes dessa data. A associação ainda não fez o balanço do mês.

Questionado em relação a março, Freire vê o cenário com otimismo. “A economia deverá retomar seu curso normal, com as vendas do varejo apresentando crescimento em relação aos meses anteriores”, projeta.