O PRTB de Santo André encaminhou de última hora, às vésperas da convenção de oficialização da candidatura do ex-vereador Paulinho Serra (PSDB) ao Paço, apoio ao plano do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) retornar ao Executivo. Até o fim da semana passada, o partido, chefiado por Ricardo Fláquer, estava na coligação tucana. A mudança de lado foi tratada em restaurante do município entre dirigente da legenda com a cúpula da pré-campanha do socialista. O posicionamento eleitoral pode provocar debandada na sigla, uma vez que a lista de pré-candidatos à vereança continha poucos nomes lançados por Fláquer.

Prefeiturável em 2012, Alexandre Fláquer, filho de Ricardo, está no rol de pleiteantes à Câmara. Contudo, 11 postulantes a uma vaga no Legislativo fizeram ofício para enviar à nacional, nas mãos de Levy Fidelix, sinalizando que adesão a Aidan renderá retirada em massa. “Saímos fora (do arco) e fechamos com o Aidan. Achamos que seria a melhor saída para fazer uma cadeira (na Casa) dentro da composição PRTB-PRP-PEN”, avaliou o presidente local, ao garantir que não pediu cargo para aceitar a troca de órbita eleitoral. A família Fláquer integrou a gestão de Aidan (2009-2012), mas rompeu durante o mandato. No segundo turno do páreo, deu suporte a Carlos Grana (PT). Fez parte do governo do petista, porém também houve nova ruptura.

O DEM, por sua vez, ainda não definiu o caminho para o pleito. Nos bastidores, a pré-candidatura de Fabio Picarelli já é tida como naufrágio, principalmente depois de racha interno. A definição tende a acontecer amanhã, após novo encontro de lideranças. Diante das tratativas por composição, as conversas indicam possibilidade de acordo político com o PSB, de Aidan, ou o PSDB, de Paulinho. A batida de martelo está na dependência de apoio em outras cidades de São Paulo, consideradas chave para o processo eleitoral de 2018.

Tendo o deputado Eli Corrêa Filho como pleiteante em Guarulhos, os democratas aguardam adesão do PSB para cogitar acordo em solo andreense. Só que os socialistas mantém nome próprio. O vice-governador paulista, Márcio França (PSB), admitiu diálogo com Rodrigo Garcia, dirigente do DEM e secretário de Habitação.