Política Titulo Santo André
Exigências do PRB emperram aliança

Mesmo com Rautenberg abrindo mão da candidatura ao Paço de Sto.André, tratativas do partido inviabilizam acordo eleitoral com Grana e Aidan

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
28/07/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Apesar de se admitir internamente que o vereador Roberto Rautenberg (PRB) abre mão da candidatura ao Paço de Santo André, lista com série de exigências firmadas pelo PRB municipal, liderado pelo parlamentar bispo Ronaldo de Castro, tem emperrado aliança para o pleito de outubro mesmo a poucos dias do limite estabelecido pela legislação eleitoral. Entre as condições, segundo informações, estão garantia de abrir o posto de vice, coligação proporcional que ajude na reeleição de Ronaldo e também empenho político para eleger o irmão do então postulante a prefeito, Ricardo Rautenberg, que debutará na concorrência por vaga no Legislativo.

A articulação da cúpula republicana ainda afunilou os alvos para o projeto governista do prefeito Carlos Grana (PT), que disputará a reeleição, e o ex-chefe do Executivo Aidan Ravin (PSB). Ambos encabeçam, no momento, as principais pesquisas de intenções de voto e não definiram nome dos parceiros de chapa. Os requisitos da legenda considerados fora do normal, contudo, inviabilizaram até agora efetivo acordo para a empreitada. A direção do PRB, que pretende anunciar até sábado o caminho que seguirá no páreo, chegou a apalavrar acerto com os socialistas, mas recuou diante da procura por parte do grupo petista.

Na reta final de pré-campanha, Ronaldo reconhece ofensiva sobre Grana e o antecessor do petista. “Estamos conversando ainda com PT e Aidan”, disse, ao considerar que “não houve tempo (hábil) para avançar com os outros (pleiteantes à Prefeitura)”. O problema é que o plano solo do PRB hoje está sem estrutura e não vem realizando atividades de promoção de nome próprio. Perante os impasses, a sigla pode ficar obrigada a lançar-se no processo ou precisará reduzir a pedida. O presidente da executiva local já sinalizou que Roberto Rautenberg não terá legenda se quiser ser candidato a vereador, por isso, tenta acomodar o parlamentar como vice.

Depois de alinhar tratativas com o bloco de Aidan, Ronaldo reuniu-se no sábado com ala que integra a coligação de Grana – tendo a atual vice Oswana Fameli (PMB) como plano B, o PT trabalha, nos bastidores, outros quadros colocados no cenário por aliados, inclusive de fora da política. Com liberação do prefeito, o presidente republicano, que também comanda a Câmara, discutiu com dirigentes do PR, PTdoB, PSL e Pros a possibilidade de acomodar os interesses do PRB. Por outro lado, não houve consenso. A maior parte das siglas formatou elo proporcional, o que tem fechado portas. O PTdoB, por exemplo, está apostando em chapa com o PCdoB.

O PRB andreense cita rol com 18 nomes por assento na Câmara, o que tende a diminuir para selar ajuste. “Estamos analisando o que é viável para fazer dois vereadores. Com o (arco do) PT sobraram poucas opções”, afirmou Ronaldo. O republicano rechaçou ficar à margem do processo devido a gama de condições. “Sem (aliança) não vamos ficar. Os dois (Grana e Aidan) querem (acordo)”, frisou, minimizando, no entanto, que o parente de Rautenberg seja cobrança. “Se tiver composição e couber o irmão dele a gente coloca.”

Rautenberg não atendeu aos contatos da equipe do Diário. 




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