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Força Sindical dará dez anos para Paulinho
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
02/08/2005 | 08:29
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O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, será reeleito pela segunda vez para o cargo durante o 5º Congresso Nacional da central sindical, que começa nesta terça-feira em Praia Grande, na Baixada Santista. Desde 1999 na presidência da Força, Paulinho ganhará um novo mandato que, ao final, dará a ele um período de dez anos no comando.

O sindicalista assumirá o cargo na oposição ao governo federal. Durante o congresso, que vai até dia 4, a central definirá o calendário de uma série de manifestações em diferentes pontos do país contra as políticas econômica e social do governo federal e pela defesa de uma apuração rigorosa das denúncias que rondam Brasília.

Apesar de manter uma política de "boa vizinhança" com a CUT, Paulinhodefende "descolar politicamente" do PT e do governo federal.

A Força espera a participação de políticos de diferentes correntes na abertura do congresso, como o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), o presidente do PMDB, Michel Temer, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, o vice-presidente José Alencar (PL) e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ex-presidente da CUT.

"Nossa idéia é colocar as pessoas na rua para defender apuração e punição rigorosa das acusações contra o governo federal", afirmou Paulinho, que diz querer cobrar a "mercadoria que o governo não entregou". "Queremos crescimento econômico, redução das taxas de juros, recuperação do valor do salário mínimo e geração de empregos que Lula prometeu."

Cerca de 2,5 mil dirigentes da Força elegerão a nova executiva nacional e a diretoria nacional, compostas por cerca de 200 pessoas – 25 na executiva e 170 em áreas específicas. Junto com Paulinho, que sairá em chapa única, outros nomes dados como certos na nova executiva são os do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e o do presidente do Sindicato dos Comerciário de São Paulo, Ricardo Patah, diretor da executiva.

CUT – Paulinho afirma que a Força manterá as relações com a CUT como estão hoje, realizando atos conjuntos sobre temas de interesse comum, como a questão do salário mínimo, a redução de jornada de trabalho e a correção da tabela do Imposto de Renda.

O sindicalista, no entanto, critica o comportamento da CUT diante da crise política. "Dá a impressão que a CUT está defendendo o governo. A CUT deveria se descolar politicamente para criticar o governo e representar melhor os seus trabalhadores", afirmou.

O secretário-geral da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, afirma que sua central foi uma das primeiras organizações a se posicionarem sobre as denúncias envolvendo o governo federal. "Uma coisa é o Paulinho candidato, do PDT, que é oposição ao governo e precisa de espaço na mídia. Outras coisas são as campanhas de sindicatos de trabalhadores e ações conjuntas em nível nacional."




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