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Kit de medição de HIV pode faltar
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08/11/2006 | 00:30
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A distribuição do kit para o acompanhamento da carga viral dos portadores de HIV, repassado para as redes públicas estaduais pelo Ministério da Saúde, está suspensa em todo o país. O motivo é o atraso na conclusão de uma nova licitação para o fornecimento dos produtos do kit.

O Programa Nacional DST/Aids (DST e Aids) divulgou recentemente uma nota técnica recomendando às secretarias estaduais que estão com estoques baixos para suspenderem a coleta dos testes até que o abastecimento possa ser totalmente regularizado a nível nacional.

Isso deve ocorrer num prazo mínimo de um mês. De acordo com a diretora do programa DST/Aids Mariângela Simão, pelo menos quatro Estados, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará e Piauí, estão nessa situação.

O teste permite o acompanhamento da evolução da quantidade do vírus HIV. “Você usa a carga viral para ver se esse esquema terapêutico está funcionando bem ou não”, disse Mariângela.

Os portadores fazem três exames por ano. Em 2005, de acordo com dados do Ministério, foram 354.849 testes de carga viral em todo Brasil. Até meados deste ano, 216.422 testes do tipo.

Fornecedores – Mariângela contou que três laboratórios forneciam os kits e o governo decidiu fazer nova licitação para reduzir o preço do produto. “O Brasil estava dividido em três regiões. Cada laboratório pegava um pedaço”, explica a diretora.

A licitação, marcada para 03 de outubro, foi cancelada por questionamento das empresas concorrentes e só ocorreu nos dias 25 e 26.

Com a licitação, informou a diretora, o custo de cada teste caiu de US$ 29 para US$ 10,49. “Evidente que as empresas (derrotadas) entraram com recursos. A expectativa é assinar o contrato na semana que vem”, comenta Mariângela.

A partir da assinatura do contrato, o laboratório vencedor tem até 30 dias para efetivar a entrega do produto.

Reserva - Rachel Baccarini, coordenadora do Programa DST e Aids da Secretaria da Saúde de Minas disse que a rede estadual ainda tem uma “reserva técnica, que nesse próximo mês vai servir para uma emergência”.

Ela assegurou que o atraso de alguns dias na realização dos exames “não causa nenhum transtorno agudo” aos pacientes.

Em Belo Horizonte, o laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed) faz, em média, 12 mil exames de carga viral por ano. “Para garantir que não vai faltar, vamos racionalizar.”

Mariângela e Rachel participaram do VI Congresso Brasileiro de Prevenção das DST/Aids, encerrado nesta terça-feira em Minas.



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