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Emprego no setor de cosméticos cresce 8%
Por Luiz Federico
Do Diário do Grande ABC
11/02/2006 | 08:21
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As empresas do Pólo de Cosméticos de Diadema geraram 1.500 novos postos de trabalho em 2005, um aumento de 8% em relação a 2004, segundo levantamento da entidade. O dado foi muito comemorado pelo setor, que faturou R$ 1,5 bilhão no ano passado apostando em novas linhas de produtos, na conquista de novos mercados no exterior e no surgimento de novas indústrias nos últimos anos. Com a expansão em ritmo crescente, o pólo soma atualmente 9 mil empregos diretos e 4 mil indiretos.

Há 25 anos em Diadema, a Valmari expandiu seu quadro de funcionários em 50% nos últimos três anos, passando de 59 para 88 pessoas trabalhando em sua unidade industrial. Desse total, 15 novos postos foram abertos em 2005.

De acordo com o presidente da empresa, Silvestre Mendonça de Resende, mesmo com o desaquecimento da economia brasileira após o terceiro trimestre de 2005, a Valmari aumentou 29% a fabricação de cosméticos voltada para o mercado interno e instalou novas linhas de produção. "A conseqüência de todo esse investimento é gerar mais empregos. Nossa meta é criar mais postos em 2006", comemora Resende.

Novas empresas – De acordo com o coordenador geral do pólo, Ricardo Fioravante, 132 empresas fazem parte da cadeia produtiva do setor na região, das quais 68 são associadas à entidade. "Em 2005, mais seis novas empresas produtoras de cosméticos e matérias-primas se instalaram no Grande ABC, o que mostra a atratividade desse setor", avalia Fioravante.

Números da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) revelam que o Grande ABC acompanha a tendência do setor em nível nacional. A quantidade de empresas de cosméticos cresceu 8,7% em 2005 na comparação com o ano anterior, com a instalação de 109 novas fábricas em território nacional, totalizando 1.367 companhias regularizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Esse quadro positivo delineia perspectivas mais otimistas quanto à geração de empregos. Pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), encomendada pela Abihpec, demonstra que o setor de cosméticos obteve o melhor desempenho nacional – 30% acima da média da indústria paulista – quanto à criação de postos de trabalhos entre 47 setores da indústria analisados pelo instituto.

Em 1994, a indústria da beleza empregava 1.130 pessoas. Em 2005, esse número saltou para 2.852, um aumento de 135,6%, a um ritmo médio de 8,8% ao ano. Essa explosão explica-se pela participação crescente da mulher no mercado de trabalho, utilização de tecnologia de ponta e por constantes lançamentos para atender às necessidades de um mercado cada vez mais exigente.

O gerente de expansão da Antídoto Cosméticos, Marcelo Sarpe, de São Bernardo, afirma estar preparado para comandar o crescimento da empresa nesse mercado altamente competitivo. "Temos apenas seis anos de atuação e estamos em franca expansão. Nosso faturamento, de R$ 31 milhões, cresceu 43% em 2005 (ante 2004)", ressalta. Atualmente, a empresa conta com 25 funcionários, 35% mais que o ano retrasado.

Com 90 franquias espalhadas pelo país, a Antídoto trabalha com uma linha completa de cosméticos para banho. "Com o número de franquias aumentando, contratamos mais pessoal para o setor de atendimento ao franqueado, administrativo e químico", explica Sarpe.

O Pólo de Cosméticos de Diadema, formado em maio de 2002, pretende aumentar as exportações para mercados da América Latina, em especial Peru, Argentina, Cuba, Chile e Venezuela. Recentemente, o pólo fechou um contrato de US$ 1,3 milhão de dólares para fornecer cosméticos para a ilha de Fidel Castro.




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