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Qualidade de vida e eleição

Um dos problemas mais debatidos no dia a dia da Grande São Paulo...

Por Cristina Baddini
14/09/2012 | 00:00
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Um dos problemas mais debatidos no dia a dia da Grande São Paulo é a circulação urbana, que atinge todas as classes sociais, sem distinção. Viagens longas e demoradas, trajetos complexos, congestionamentos, buracos, poucas faixas de pedestre, sinalização inadequada ou insuficiente e muitos acidentes. Essa é a situação do nosso trânsito, fruto da falta de política pública competente, de planejamento integrado e obras viárias tecnicamente inadequadas. 

Para resolver pelo menos algumas dessas questões, é preciso incentivar o uso do transporte coletivo e formas não motorizadas de se deslocar, pois se a cidade ideal continuar sendo aquela em que cada um se desloca com seu carro, estaremos inviabilizando o espaço urbano com vias e mais vias. 

Portanto, uma das medidas que deveria constar obrigatoriamente de todos os planos de governo é a criação de corredores exclusivos que permitam as ultrapassagens dos ônibus nas paradas, reservando duas faixas para tal. Paradas com abrigos maiores e melhores, bem pintadas, limpas e iluminadas também devem ser prioridades para os prefeitos que assumirão a partir de janeiro.

Transportes com matriz energética que utilize fontes renováveis de energia, reduzindo a poluição e os danos causados à natureza, também são fundamentais. Afinal, um bom sistema público para o transporte coletivo auxilia na diminuição dos veículos em circulação diária nos grandes centros. 

Os próximos eleitos no Grande ABC deveriam criar grupo intermunicipal para estudar e implantar ações integradas de mobilidade urbana sustentável na região. O objetivo deveria ser trabalhar a integração das políticas públicas com enfoque no desenvolvimento das políticas de trânsito e transporte das nossas cidades. 

Exemplo de integração pode ser a criação de uma Central de Monitoramento de Trânsito e Transporte Público regional integrada para a operação da circulação na região. Esse sistema permanente de observação do tráfego pode produzir informações necessárias ao planejamento, operação, fiscalização e orientação ao trânsito, melhorando assim a vida de todos os cidadãos. 

Os futuros prefeitos devem investir, emergencialmente, em programas de educação de trânsito e criar instrumentos de participação para entidades e pessoas como taxistas, motoristas de ônibus, usuários das mais variadas regiões.

É igualmente importante planejar prioritariamente a circulação fácil e segura de pedestres, idosos, crianças e escolares, assim como das pessoas com necessidades especiais, investindo também na construção de ciclovias e bicicletários. 

SEMINÁRIO INTERNACIONAL ANDAR A PÉ NAS CIDADES

Acontecerá em São Paulo, dia 21, na FIESP - Avenida Paulista, 1.313, 4º andar, seminário internacional para abordar as condições existentes ou a serem criadas para estimular as viagens a pé na cidade de São Paulo.

No evento, autoridades e especialistas convidados apresentarão as suas realidades ou projetos para cidades amigáveis em que deslocamentos cotidianos sejam efetuados primordialmente a pé. A discussão engloba questões como tratar calçadas como viário e, portanto, sujeitá-las ao planejamento e à fiscalização de trânsito; a necessidade de rediscussão da calçada dentro do contexto de um Plano Diretor em elaboração; o tratamento das viagens a pé como meio de transporte; se a ampliação das viagens a pé implica propor um tratamento diferenciado para calçadas, prevendo uma nova padronização, entre outros assuntos.




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