Na prática, Daniel mostra uma polivalência incomum no instante de pressionar os zagueiros ou recuar para bloquear os espaços. O fundamental é que mantém a característica agressiva de quem sempre confere as jogadas de área. Se não estivesse fisicamente além dos limites normais, o persistente goleador não suportaria o tranco. “É verdade. Sou de lutar. Meu fôlego ajuda”, disse.
Sem nenhum tipo de falsa modéstia, Daniel reconhece que se sobressai pelo raro e indisfarçável oportunismo. “É claro que a gente depende do entrosamento geral dos companheiros. Cumpro a minha parte, mas o mérito de um bom resultado é do grupo todo”, constatou Daniel, que curte um bom momento na carreira. No entanto, ele não nega que carrega um defeito. Apesar da elevada estatura (1,84m), ainda não afinou a pontaria nos cabeceios.
Os torcedores também confiam na experiência de Careca. O volante só espera que o time não repita os vacilos cometidos no tempo normal da derrota para o Cabofriense. A sofrida vitória nos pênaltis, segundo ele, serviu de alerta para as futuras rodadas. “Recuamos demais. Isso não pode mais acontecer. Mas Deus provou que é Santo André”, brincou o capitão, ao se referir ao sufoco.
O técnico Luiz Carlos Martins lembra que, independentemente das circunstâncias, o importante é que o time avançou. “Tudo vale. Ora, se até o Brasil conquistou o título mundial de 1994 nos pênaltis...”, observou o treinador, que não terá Dedimar, suspenso. Alexandre reaparece na lateral-direita.
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