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Com boa campanha nas Eliminatórias, seleção se aproxima do público paulistano
08/10/2017 | 06:30
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Duas grandes guinadas marcaram a campanha da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A primeira delas foi a reação da equipe sob o comando do técnico Tite. A outra ocorreu fora de campo e foi até mais surpreendente, com a grande aproximação da equipe com o antes temido e tão evitado público paulistano.

A cidade de São Paulo será a única do País a ter recebido dois jogos da seleção pelo torneio. O estádio Itaquerão, a Arena Corinthians, sediou em março o encontro contra o Paraguai e nesta terça-feira será a vez de o Allianz Parque receber a partida contra o Chile, em um ato de coroação das duas guinadas. O Brasil recuperou a confiança com a grande campanha e se permitiu visitar um território onde historicamente enfrentou atos de reprovação.

As passagens anteriores da seleção por São Paulo pelas Eliminatórias tiveram vaias, pouco apoio e atitudes hostis como o arremesso coletivo de bandeiras das arquibancadas do estádio do Morumbi durante o jogo contra a Colômbia, em 2000.

Esses episódios deixaram a CBF temerosa em realizar partidas em São Paulo. A campanha ruim na última Copa do Mundo e a preocupação com as Eliminatórias fizeram a entidade estabelecer um plano inicial de jogos bem distante do Sudeste do Brasil. O presidente Marco Polo Del Nero encampou a ideia do então técnico da equipe, Dunga, para quem a seleção devia ir onde fosse tratada com "carinho" e levou a equipe para as novas arenas do Nordeste.

A região recebeu as quatro primeiras partidas do Brasil em casa. Outras partes do País só ganharam espaço depois de a seleção ter conseguido bons resultados e resgatado o apoio da torcida. Sob o comando de Tite nas Eliminatórias foram nove vitórias e dois empates. "O último jogo em casa é uma forma de agradecer à torcida por tudo o que fez por nós", disse Neymar.

A aproximação com São Paulo teve também componentes políticos e de infraestrutura. O paulistano Marco Polo Del Nero fez a CBF ser uma entidade menos focada no Rio de Janeiro e estreitou laços com clubes de São Paulo. A postura de tentar agradar a todos leva, por exemplo, a seleção a ter treinado neste ano nos CTs dos três grandes da capital, fora ter escolhido como chefes de delegação em viagens ao exterior neste ano os presidentes do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e de Palmeiras, Mauricio Galiotte.

O estádio Allianz Parque terá uma grande festa de despedida, pois vai ser o último jogo da seleção no Brasil antes da Copa. Preterido para receber a partida, o Maracanã foi considerado sem condições pela CBF - principalmente por suas altas taxas -, enquanto que a arena palmeirense usou como trunfo a reforma recente das instalações para a imprensa, uma das exigências da entidade para os jogos.

Outra cidade deixada para trás foi Brasília. A capital, com o estádio Mané Garrincha, recebeu duas partidas da seleção nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, mas perdeu espaço na preferência da CBF.




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