Política Titulo São Bernardo
Depois de eleição, Câmara de São Bernardo cancela sessão e inércia deve dar tom até fim do ano
Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
04/11/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


A primeira sessão na Câmara em São Bernardo depois do término do processo eleitoral no domingo foi marcada por fato pouco comum na história do Legislativo local. Por falta de quórum, a presidência da Casa cancelou os trabalhos.

Dos 28 vereadores na cidade, apenas sete estiveram presentes em plenário na chamada pela abertura da sessão, feita às 9h e às 9h30. De acordo com o regimento interno do Legislativo, é necessária a presença de no mínimo dez parlamentares para o começo da sessão.

“Se tem dez vereadores, iniciamos a sessão. Se não, damos 30 minutos de prazo, fazendo novamente o processo de convocação. E foi mantida a presença de sete parlamentares. Foi o que fiz, nada mais do que isso. Não posso deixar de cumprir o regimento. A maioria veio depois, justificaram que se atrasaram por conta de trânsito e por conta da chuva”, esclareceu o chefe do Legislativo, José Luís Ferrarezi (PT).

Os vereadores presentes foram Toninho da Lanchonete (PT), Antônio Cabrera (PSB), Gilberto França (PMDB), João Batista (PRB), Marcelo Lima (SD), Martins Martins (PHS) e Osvaldo Camargo (PPS). “O que ocorreu hoje (ontem) foi uma vergonha. Estou no meu quatro mandato e nunca faltei em sessão”, reclamou Osvaldo, que não obteve a reeleição.

Entre os faltantes, José Ferreira (PT), parlamentar desde 1983, disse não lembrar de um cancelamento dos trabalhos. “Eu estava no médico e cheguei atrasado. Agora, não me recordo, em todo meu período de vereador, de anulação da sessão”, disse o petista, que fracassou na busca pela renovação do nono mandato consecutivo.

De acordo com a assessoria jurídica da Casa, os parlamentares ausentes devem apresentar justificativas, sob pena de desconto do dia de trabalho.

TENDÊNCIA
Conforme apuração do Diário, os trabalhos na Câmara até o fim do ano devem ter pouca efetividade, com as principais matérias sendo adiadas para o ano que vem, quando se inicia o governo do prefeito eleito, Orlando Morando (PSDB), sucedendo a atual gestão de Luiz Marinho (PT).

O que se comenta pelos corredores do Legislativo é que a maioria dos parlamentares que fazem parte da sustentação de Marinho não definiu postura em relação ao voto das matérias indicadas pelo petista. Outro fator é a busca de espaço na futura gestão de Morando por parte dos vereadores que não obtiveram a reeleição no dia 2. Existe também a falta de definição dos parlamentares que apoiaram a candidatura do PPS, representada pelo deputado federal Alex Manente. Alguns estão próximo de acertar ida à base de Morando. 




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