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'Briga entre ACM e Temer beneficia PSDB'
Por Do Diário do Grande ABC
16/06/1999 | 08:45
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Na noite desta terça-feira, ainda era uma incógnita a reaçao que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), terá em relaçao à obstruçao que o PFL pretende fazer à votaçao da reforma do Judiciário, e essa é a expectativa do dia. Corre nos bastidores da Câmara a informaçao de que, por trás do bate-boca provocado por Magalhaes e aceito por Temer está a sucessao do governo paulista em 2002. Há cerca de três semanas, durante uma entrevista, Temer sinalizou que brigaria pela liderança do PMDB em Sao Paulo com o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e se posicionaria como a opçao do partido para a sucessao do governador Mário Covas (PSDB). Magalhaes teria interpretado que Temer estaria tentando capitalizar as reformas do Judiciário e tributária com vistas à eleiçao paulista e teria provocado a briga, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, para fragilizar o presidente da Câmara. "Se Temer estava pensando no governo paulista, se deu mal", disse nesta terça um deputado integrante do grupo político de Magalhaes.

Longe do fogo cruzado, os líderes tucanos acreditam que a briga foi ruim para Temer e Magalhaes, que passaram uma péssima imagem à opiniao pública com ofensas pessoais e insinuaçoes de ambas as partes. "Nao há dúvida de que o PSDB saiu ganhando com essa briga", disse um importante parlamentar tucano. Ao ser questionado se a sucessao paulista seria o pano-de-fundo da briga, esse parlamentar respondeu apenas que a conversa de Magalhaes com Covas na semana passada "foi muito boa".




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