Em relatório mensal, a entidade com sede em Paris previu que a demanda mundial por petróleo crescerá 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em 2017, o que representa um corte de 100 mil bpd em relação a sua projeção anterior. Para este ano, a AIE reiterou sua previsão de expansão da demanda em 1,4 milhão de bpd.

"(A demanda) vai perder parte da força em 2017, devido a revisões para baixo nas projeções de crescimento, mas a previsão de expansão de 1,2 milhão de bpd ainda está acima da tendência", avaliou a AIE.

Apesar da recente queda nas cotações do petróleo, os últimos levantamentos do mercado mostram que basicamente não há excesso de oferta neste segundo semestre, mas a expansão contida das operações de refino e o "gigantesco" excesso de estoques estão limitando os preços da commodity, segundo a AIE.

Os estoques comerciais dos países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentaram 5,7 milhões de barris em junho, atingindo o nível recorde de 3,093 bilhões de barris, ressaltou a agência.

A AIE também estimou que a oferta global de petróleo subiu 800 mil bpd em julho. Apenas a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cresceu 150 mil bpd no mês passado, a 33,39 milhões de bpd, o maior patamar em oito anos.

O resultado da Opep, que conta com 14 integrantes desde a entrada do Gabão em junho, foi impulsionado principalmente pela Arábia Saudita e Iraque. Apenas a produção saudita aumentou 120 mil bpd em julho ante o mês anterior, ao nível inédito de 10,62 milhões de bpd. Já a do Iraque avançou 80 mil bpd, a 4,33 milhões de bpd.

Fora da Opep, a produção cresceu 550 mil bpd em julho, a 56,7 milhões de bpd. A AIE prevê que a oferta de produtores que não pertencem ao cartel diminuirá 900 mil bpd este ano, mas expandirá 300 mil bpd em 2017. Fonte: Dow Jones Newswires.