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Saiba mais sobre Suha, a polêmica esposa de Arafat
Do Diário OnLine
Com AFP
08/11/2004 | 10:40
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Suha Arafat, 41 anos, esposa de Yasser Arafat, 75, demonstra que é - até o final - uma das mais fiéis aliadas do líder árabe. Suha voltou ao centro das atenções nos últimos dias por causa dos ataques ao primeiro-ministro palestino, Ahmad Qorei, ao número dois da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Mahmud Abbas, e ao ministro das Relações Exteriores, Nabil Chaath. Os três foram acusados por ela de querer “enterrar Arafat vivo” para assumir o poder na ANP.

Apesar de viver separada do líder palestino e das críticas sobre seu estilo de vida, que muitos julgam extravagante, Suha permanece no leito de Yasser Arafat desde que ele foi internado no hospital Percy (a 20 km de Paris). Na quinta-feira passada, quando circularam versões contraditória sobre a morte de seu marido, ela exigiu energicamente à direção do hospital um desmentido para os boatos.

Criada em uma rica família cristã, Suha conheceu Yasser Arafat quando era estudante da Universidade de Sorbonne, em Paris.

Suha foi contratada para se encarregar das relações públicas da OLP num momento em que Arafat vivia no exílio na Tunísia. Mais tarde, a mulher viria a se converter em conselheira econômica, até que, em 1990, casou-se com o líder árabe.

Sua filha única, Zahwa, nasceu há nove anos numa clínica de Paris. A partir daí, a vida conjugal com Arafat convergiu para uma separação de fato.

Alguns críticos de Suha ressaltam que seu gosto por roupas finas é totalmente antagônico aos costumes de seu marido, um homem austero, vestido sempre com uniforme de combate.

Suha queixou-se uma vez, em declarações a um jornal egípcio, que Arafat nunca lhe dava jóias e que era obrigada a levar uma vida de privações. "Ele só me oferece como presente símbolos da revolução palestina", relatou Suha.

Apesar das reclamações, ela negou que estava em crise com Arafat e disse que o líder palestino era "o mais bem-aventurado dos maridos". "Eu sou casada com um mito", gabou-se Suha Arafat.

Fiel a Arafat e à causa palestina, ela chegou a afirmar que sua "maior honra" seria sacrificar um filho num atentado suicida pela criação de um Estado independente.

Ela esteve várias vezes no centro de discussões e polêmicas. Ao saudar Hillary Clinton como a primeira-dama mais admirada do mundo, Suha Arafat lançou à esposa do ex-presidente americano Bill Clinton uma série de iradas acusações contra Israel, dizendo que o Estado judeu era responsável pela multiplicação da taxa de câncer nos territórios palestinos.

Um alto responsável palestino teve de apresentar desculpas à Casa Branca.

No último ano, a França abriu uma investigação sobre a transferência de altas somas de dinheiro, de origem suspeita, para a conta dela em Paris. Suha, por sua parte, acusou o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de ser o instigador dos artigos na imprensa a respeito das supostas falcatruas financeiras.




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