Economia Titulo São Caetano
Sindicato propõe prorrogar lay-off na General Motors até novembro

Para evitar demissões, montadora cogita não reajustar salários em 2016

Marina Teodoro
Especial para o Diário
11/03/2016 | 07:00
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Diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano se reuniram ontem com representantes da General Motors para discutir medidas para evitar a demissão de 1.000 funcionários da fábrica do Grande ABC.

Na terça-feira, os trabalhadores solicitaram a prorrogação do lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) de 1.700 operários, que acaba em abril, por mais sete meses. Ontem, entretanto, a montadora apresentou condições para que a proposta seja aceita.

Em um vídeo veiculado para os trabalhadores da fábrica, o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da silva, o Cidão, explica que a montadora quer negociar os reajustes em 2016 e 2017.

Segundo Cidão, a GM propõe não dar aumento salarial neste ano e, em 2017, pagar abono junto à PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Em 2018, a correção dos pagamentos voltaria a ser feita conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Outra condição apresentada pela montadora, de acordo com o sindicalista, é para que sejam discutidas mudanças no pagamento da PLR para os próximos anos.

Cidão acrescenta ainda que a direção da empresa sinalizou a intenção de reduzir o adicional noturno de 30%, para 20%, que é o mínimo assegurado por lei.

O sindicalista informa também que a GM planeja excluir a cláusula da convenção coletiva de trabalho que garante emprego aos funcionários acidentados ou que adquiriram doença ligada à atividade profissional. “Essa é uma condição que vamos bater o pé para não acontecer”, garante Cidão.

Outra reunião deverá ser feita no dia 16 para que as partes cheguem a um acordo. A montadora foi procurada pelo Diário, mas não se manifestou até o fechamento desta edição. 




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