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Renan conversará com Mesa para decidir ‘rumo’ das acusações
Do Diário OnLine
Com Agência Senado
23/08/2006 | 14:35
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou no fim da manhã desta quarta-feira que irá conversar com a Mesa Diretora da Casa, dentro de 24h, para decidir o encaminhamento das denúncias contra os três senadores acusados pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Sanguessugas de ligação com a ‘máfia das ambulâncias’ – esquema de compra superfaturada de ambulâncias com dinheiro público.

“Eu tenho um padrão de comportamento a seguir e o tenho seguido em todos os casos. Amanhã (quinta) mesmo, terei uma resposta para isso. Vou redigir agora ofício a cada um dos membros da Mesa que estão fora de Brasília, para que tenhamos uma resposta amanhã. O que fizemos foi queimar essa etapa, mandar esses processos para o conselho ad referendum da Mesa. Mas já que é preciso ouvir os integrantes da Mesa, vamos ouvi-los até amanhã” anunciou.

Calheiros foi muito criticado na terça-feira ao informar que o Conselho de Ética do Senado repassaria as denúncias contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) para a Mesa Diretora, que analisaria o caso e, posteriormente, devolveria o material novamente para o Conselho, que decidiria pela abertura ou não de processos disciplinares. Para muitos, a sua decisão caracterizou uma ‘manobra’ para que os três acusados tivessem tempo para renunciar ao mandato ou elaborarem suas defesas para escaparem de uma possível cassação.

Ao chegar ao Senado, Renan ressalvou não ter visto, até então, a decisão do Conselho de Ética. Indagado se o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que integra a Mesa diretora e também foi citado pela revista Veja como envolvido nessas irregularidades, será solicitado a opinar sobre esses processos, Renan voltou a dizer que nada está decidido. “Vou decidir o critério e vou conversar com cada um da Mesa. Se ele se sente em condições de, com isenção, opinar, não sei. Não vi a denúncia. E não quero entrar nessa discussão caso a caso, não devo entrar. Tenho que conduzir esse processo com absoluta isenção”, afirmou.

Nessa entrevista, Renan sublinhou que todo o seu propósito em mandar logo o relatório da CPMI para o Conselho de Ética se amparou no propósito de agir com celeridade. "Mas, já que o Conselho pediu para ouvir a Mesa diretora, vou adotar a mesma linha, para que tenhamos uma resposta rápida, ouvindo todos os membros da Mesa em 24 horas e por escrito".




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