Política Titulo Na quinta-feira
Camolesi será julgado pelo TRE por infidelidade
Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/12/2010 | 07:01
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O presidente da Câmara de São Bernardo em exercício, Estevão Camolesi (PTdoB), será julgado na próxima quinta-feira pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por suposta infidelidade partidária. O vereador é acusado de ‘traição' pelo presidente da sigla, Evandro de Lima, devido ao apoio parlamentar nas últimas eleições a dois candidatos tucanos da cidade: William Dib à Câmara dos Deputados e Orlando Morando à Assembleia Legislativa, em detrimento de sua campanha a deputado estadual.

O órgão definirá se Camolesi perde o mandato devolvendo o cargo à legenda ou, em caso de vitória do vereador, o libera para sair do partido sem risco de retaliação, podendo, inclusive, se manter na legislatura até mesmo sem sigla.

De acordo com um dos advogados de Camolesi, Arthur Rollo, o julgamento poderá ser tranquilo devido ao parlamentar ter permanecido no partido, apesar de ter sido acuado. "Ele não saiu da sigla, mas está sendo forçado a isso. Camolesi entende que está sendo perseguido pelas lideranças. O Evandro (presidente) quer expulsá-lo e, por isso, a situação dele está insustentável", salientou.

Mesmo demonstrando otimismo, Rollo revelou que o parecer da PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) é contrário ao vereador. "Acreditamos que o caso será revertido pelos desdobramentos e a série de problemas internos. Além disso, o tribunal não precisa seguir a recomendação da Procuradoria. São decisões independentes", argumentou Rollo.

Na última semana, ao assumir a presidência durante a sessão por conta do afastamento do titular Otávio Manente (PPS), em decorrência de problemas de saúde - o popular-socialista sofreu intervenção cirúrgica cardíaca -, Camolesi comentou o caso de forma lacônica. "Tudo que fico sabendo do processo de desfiliação do partido é por meio dos meus advogados. E para que o caso não tome maiores proporções, eles (advogados) orientam para abster-me de entrar em detalhes."

Procurado, o dirigente da sigla, Evandro de Lima, não foi localizado ontem para falar sobre o assunto.




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