Política Titulo Transporte público
Governo e empresas trabalham
por Bilhete Único em Sto.André

Carlos Grana (PT) protocola o projeto e Legislativo acelerará
trâmite; impacto financeiro da medida será de R$ 1 mi ao mês

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/03/2013 | 07:00
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O projeto de Bilhete Único de Santo André deve ter rito de urgência na Câmara. Prometida durante a campanha eleitoral pelo prefeito Carlos Grana (PT), a proposta foi protocolada ontem dentro do prazo estipulado de três meses e recebeu sinal de que haverá empenho dos vereadores em agilizar a apreciação da matéria no plenário. Antes disso, porém, os responsáveis pelo estudo de viabilidade do projeto, do Executivo, serão convidados para esclarecer o texto.

Parte dos parlamentares adiantou que os secretários Paulinho Serra (Obras e Serviços Públicos), Antônio Carlos Granado (Finanças) e Alberto Alves de Souza (Orçamento e Planejamento) devem integrar a lista de convocação. Grana garantiu que os titulares ficarão disponíveis para prestar informações. No projeto, a Prefeitura colocou que o impacto financeiro para a implantação do Bilhete Único atingirá a ordem de R$ 1 milhão ao mês.

Os números foram baseados em cima de planilha utilizada pelo Paço de São Bernardo. A administração andreense calcula que a porcentagem de viagens não remuneradas (oriundas da integração, em que o passageiro não pagará a tarifa) chegará a 6,8%. Segundo a Prefeitura, esse dado foi dimensionado sobre a média de passageiros transportados. Das 4,420 milhões de viagens por mês, estima-se que 300,6 mil serão gratuitas. Essa projeção, multiplicada pelo valor da passagem, resultaria na quantia de R$ 991,8 mil mensais, valor que será subsidiado pela Prefeitura às empresas.

Grana afirmou que repasse "é estimado". Segundo o prefeito, ao longo do processo de implantação do sistema poderá existir reajuste "para mais ou menos". "O que temos de pagar é aquilo real", disse o petista, ao frisar que a aplicação será "do dia para a noite", a partir do dia 18 de maio - prazo requerido pelos empresários do setor para adaptação do sistema. "(Promessa) Vem desde o segundo governo do Celso Daniel (PT, 1997-2000). (Implementar) Em menos de 120 dias é recorde."

O investimento das empresas gira em R$ 5 milhões para implantar o sistema. O impacto das gratuidades, por sua vez, está estimado em R$ 2,7 milhões por mês. Gerente geral da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André), Luiz Marcondes Freitas Júnior sustentou que em 2014 será necessária outra previsão de valores. "A ideia é equiparar para que não haja desequilíbrio (relativo ao R$ 1 milhão do Paço). Teremos que firmar encontro de contas, levantando até possível dedução de impostos, como ISS."

O projeto vai permitir a integração tarifária entre as linhas de ônibus municipais e estará já adaptado para eventual conexão metropolitana. Entre as ações, está o cadastramento de digitais, o que indica que será biométrico, evitando fraude nos cartões - são seis ao todo -, painéis de LED nos quatro terminais para visualizar a localização dos transportes e GPS nos carros para o Paço controlar o funcionamento da frota. Além disso, 50 novos ônibus.

 




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