Uma pequena variação de um gene aumenta o risco de a pessoa ser asmática e sofrer de uma diminuição das funções pulmonares, segundo uma pesquisa da Universidade de Chicago publicada nos Estados Unidos.
Essa variação do gene, denominado CHI3LI, deixa o indivíduo mais suscetível de sofrer asma, ao aumentar uma proteína (YKL-40) que atua como importante marcador dessa doença, assim como do câncer.
“Em contrapartida, uma versão ligeiramente diferente desta variação genética gera uma diminuição desta mesma proteína, que tem um efeito protetor contra a asma”, explica a doutora Carole Ober, professora de genética humana da faculdade de Medicina da Universidade de Chicago (Illinois) e principal autora deste estudo, que será publicado no New England Journal Of Medicine no próximo dia 17.
Apesar de a descoberta inicial ter sido feita em um estudo realizado em uma população geneticamente isolada – os Hutterites, em Dakota do Sul (Oeste) –, os pesquisadores puderam confirmar os resultados em outros dois grupos de populações diferentes em Chicago: Madisson (Wisconsin) e Freiberg, na Alemanha.
“Falta muito por descobrir sobre essa relação. Mas, ao menos agora, sabemos onde procurar”, indicou Ober, destacando que uma simples e única variação no gene CHI3L1 poderá ser responsável por grande parte do risco de ser asmático.
Desta forma, caso a proteína YKL-40 seja bloqueada no organismo, poderá se reduzir fortemente a gravidade da asma em alguns indivíduos.
“Além disso, a identificação do genótipo poderá permitir determinar as pessoas que se beneficiariam mais deste tratamento”, indicou.
Estatísticas - A asma é uma doença crônica, tratável, que provoca um fechamento das vias respiratórias, dificultando a respiração.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.